Cedidos de Salgueiro e região participam de oficina de saúde do trabalhador

Subutilização de profissionais, assédio moral, ausência de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e toda infraestrutura necessárias para o trabalho. Essas são as maiores queixas dos servidores do Ministério da Saúde e Funasa lotados em Salgueiro e região. Quem informa é a diretora do Sindsep-PE, Lindinere Ferreira, que realizou uma oficina sobre saúde do trabalhador na cidade, na última segunda, dia 12, para os trabalhadores cedidos ao estado e município (FOTO). 
 
“Os problemas são semelhantes. Os gestores locais não aproveitam o potencial que os servidores cedidos têm na vigilância em saúde, no controle de endemias, não oferecem estrutura. Isso reflete, inclusive, em práticas que provocam sofrimento no trabalho. Esses profissionais acabam sendo descriminados, desqualificados, não recebem missão de trabalho. Isso é muito ruim. Pode acarretar também problemas psicológicos”, alerta a diretora do Sindsep.

A oficina realizada em Salgueiro contou com a participação de 21 cedidos, além do diretor do sindicato na região, José de Arimatéia. Ao final da atividade, os participantes tiraram alguns encaminhamentos de luta. Após as eleições municipais, devem ser agendadas reuniões com os gestores locais para conversar sobre os problemas apontados pelos servidores e buscar assim uma solução. 

“O objetivo da gente com essas oficinas é melhorar a auto-estima desses trabalhadores e melhorar também o ambiente de trabalho”, pontua o servidor do Ministério da Defesa, Wagner Diniz. Ele é monitor da Rede Vida Viva, uma organização internacional formada por sindicatos que se propõem em formar monitores e implementar ações nos locais de trabalho. A intenção é ir à base debater a construção de estratégias que promovam vida com qualidade nos ambientes laborais e fora dele, contribuindo também com a luta dos trabalhadores por uma organização efetiva no local de trabalho.

Essa oficina é uma ação do Sindsep-PE e foi proposta na mesa estadual de negociação do setor. A atividade conta com o apoio da Secretaria Estadual de Saúde, do Ministério da Saúde e do Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) regionais. Já foram realizadas até agora quatro oficinas de saúde do trabalhador para cedidos. A meta é realizar até o final ano mais oito.