Condsef prepara campanha salarial 2017

Janeiro é mês de férias para muitos servidores, mas em Brasília, a Condsef está a todo vapor lutando pelos direitos dos servidores. Na última semana de dezembro a entidade se reuniu com o Ministério do Planejamento para discutir pendências da categoria. O governo informou que só iria discutir novas pautas depois do reajuste de janeiro, que deve ser pago no início de fevereiro. Para organizar as demandas dos trabalhadores, visando inclusive a Campanha Salarial 2017, o Fórum de Entidades Nacionais dos Servidores Federais (Fonasef) tem reunião pré-agendada para o próximo dia 19.

“A Campanha Salarial deve seguir o mesmo mote do nosso último congresso: nenhum direito a menos. Dentro da atual conjuntura se conseguirmos manter nossos direitos e os acordos firmados (que preveem criação de grupos de trabalho para discutir demandas pendentes de todos os setores) já será um grande avanço”, salienta o secretário geral da Condsef, Sérgio Ronaldo.

Dentre as demandas pendentes dos acordos firmados está a instalação de grupos de trabalho para discutir e implementar demandas como: reestruturação de planos de carreira; criação de gratificações de titulação; extensão da Gacen para todos os servidores que trabalham com endemias; incorporação dos PGPEs do Ministério da Defesa na Carreira de Tecnologia Militar; etc.

“Mesmo sabendo das dificuldades que vamos encontrar por conta, dentre outras coisas, da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 55, vamos continuar lutando. Não vamos deixar por menos”, salienta Sérgio Ronaldo. Para ele, os servidores federais, assim como todo o país, estão passando pelo pior cenário dos últimos tempos. “Já passamos por outras situações ruins e conseguimos superar, como os governos Collor e FHC (Fernando Henrique Cardoso). Enfrentamos e conseguimos superar. Por isso, neste momento, precisamos reagir”, frisa o secretário geral da Condsef.

Nas próximas reuniões com o governo, a Condsef deve encaminhar também resoluções do último congresso da entidade, realizado em dezembro passado, como o fim do desmonte do Estado; contra as privatizações, a reforma da previdência e a reforma trabalhista; e pela manutenção de todos os direitos conquistados até agora.

Em março, a direção da Condsef deve realizar um planejamento estratégico para organizar a categoria.  “Este governo que está posto tem como uma de suas missões acabar com o serviço público brasileiro. Precisamos reagir e é agora, o mais rápido possível, sob pena de amargarmos perdas de direitos e tantos outros retrocessos”, adverte o secretário geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.