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EDITORIAL: Diretas Já! O caminho para reestabelecer a democracia no Brasil


O Sindsep-PE, a Condsef/Fenadsef, a CUT e demais movimentos sociais defendem eleições diretas para o país. Sabe por quê na matéria

Publicado: 26/05/2017
Escrito por: Ascom Sindsep-PE

Com o inevitável afastamento do presidente Michel Temer - pego na deleção premiada dos donos da JBS – fica um questionamento: eleições indiretas, como reza a Constituição Federal ou Diretas Já!, como clamam as ruas? O Sindsep-PE, a Condsef/Fenadsef, a CUT e demais movimentos sociais defendem eleições diretas para o país. Sabe por quê?

Nas eleições indiretas a escolha será feita pelo Congresso, esse mesmo parlamento que está imerso num mar de lama, com a maioria dos deputados e senadores envolvidos em escândalos de corrupção. Esse Congresso não tem moral nem credibilidade para eleger um presidente da República. Basta lembrar a conversa vazada entre o senador Romero Jucá (PMDB) e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Fica claro no diálogo o comprometimento do Congresso e do judiciário. Fica escancarado que o impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe. 

“Conversei ontem com alguns ministros do Supremo. Os caras dizem 'ó, só tem condições de (inaudível) sem ela (Dilma). Enquanto ela estiver ali, a imprensa, os caras querem tirar ela, essa porra (Lava Jato) não vai parar nunca'. Entendeu? Então... Estou conversando com os generais, comandantes militares. Está tudo tranquilo, os caras dizem que vão garantir. Estão monitorando o MST, não sei o quê, para não perturbar”, diz Romero Jucá na conversa com Machado.

É preciso lembrar que o Congresso rasgou a Constituição no caso do impeachment de Dilma Rousseff. No final do processo ficou comprovado que não houve crime de responsabilidade fiscal, ou seja, legalmente ela não podia ser impeachmada, mas mesmo assim e foi, sob alegação de julgamento político, passando por cima dos mais de 54 milhões de votos que ela tinha obtido nas urnas.

Então nos resta neste momento as Diretas Já! Como forma de alterar o dispositivo constitucional e garantir eleições diretas, tramitam, tanto na Câmara dos Deputados como no Senado Federal, dois projetos de emenda constitucional que preveem novas eleições no caso de vacância da Presidência da República, mesmo acontecendo no terceiro ano do mandato presidencial. Porém, em se tratando de um Congresso alinhado com o governo ilegítimo, só as ruas terão poder de pressão para deputados e senadores aprovarem uma PEC dessa natureza.

Na última quarta-feira foram mais de 150 mil pessoas no Ocupa Brasília, numa clara demonstração de que a classe trabalhadora está atenta a todas as aberrações que estão acontecendo no país e tem poder de organização. Essa luta não pode cessar. Precisamos continuar mobilizados e exigir eleições imediatamente. Vencida essa etapa, restabelecido o Estado Democrático de Direito, queremos reforma do sistema político.
Por conta dessa instabilidade política, nós, servidores federais, estamos com as negociações paradas. O governo Temer nega qualquer tipo de reajuste por conta da Emenda Constitucional (EC) 95, a antiga PEC do Fim do Mundo, que prevê 20 anos de corte de gastos. Vamos às ruas para garantir os nossos direitos!

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