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Em paralisação de 24 horas, trabalhadores da Ebserh exigem negociação do acordo coletivo


Com uma negociação coletiva que não avança e se arrasta desde o início do ano, trabalhadores da Ebserh de todo o país paralisaram as atividades, nesta quarta-feira

Publicado: 26/07/2017

Ascom Sindsep-PE

Com uma negociação coletiva que não avança e se arrasta desde o início do ano, trabalhadores da Ebserh de todo o país paralisaram as atividades, nesta quarta-feira, dia 26, por 24 horas. Em Pernambuco, a programação começou às 7h, na entrada do Hospital das Clínicas. O Sindsep-PE promoveu um café da manhã para os empregados da empresa, que aproveitaram a grande movimentação de usuários dos serviços de saúde para denunciar a direção nacional da Ebserh, que se nega a negociar o acordo coletivo de trabalho (ACT) dos funcionários, documento protocolado desde fevereiro. Indiretamente, isso reflete nos serviços oferecidos à população.

“A partir do momento em que o governo não dá condições para os trabalhadores, não tem como a gente prestar um serviço de excelência para a população. Por isso, essa luta não é só dos funcionários da Ebserh, é de toda a sociedade”, pontuou Gislaine Fernandes, técnica de enfermagem da Ebserh. “Esse movimento que inicialmente é de 24 horas pode se prolongar, caso o governo não volte a negociar”, completou Ana Paula Pereira, enfermeira.

A coordenadora geral do Sindsep, Graça Oliveira, lembrou da luta dos empregados da Ebserh para negociar com a empresa, fazendo um paralelo às ações do governo ilegítimo que retira direitos dos trabalhadores. A reforma trabalhista, por exemplo, atinge em cheio os funcionários da empresa, já que são do regime celetista. Esse, inclusive, foi o mote da apresentação teatral da TV Sindical, que fez uma sátira contra as perdas de direitos provocadas pela reforma.

Graça Oliveira enumerou outros projetos que prejudicam a classe trabalhadora e o serviço público, como a Emenda Constitucional 95 – que limita por 20 anos os gastos públicos -, a reforma da Previdência e o projeto de demissão voluntária (PDV), anunciado esta semana.

“Nós já vivenciamos o PDV na década de 1990, no governo FHC. Muita gente se iludiu e aderiu, mas, depois viu que era mais uma manobra contra os servidores. Não podemos ficar inerte. Essa luta é de todos”, salientou Graça, que aproveitou o grande número de pacientes que circulava pelo local para denunciar o governo Temer e suas reformas, recebendo o apoio da maioria das pessoas.

O secretário geral do Sindsep-PE, José Carlos Oliveira, enalteceu a luta dos empregados da Ebserh e defendeu a saúde pública como política social. “Não dá para falar em saúde pública em Pernambuco sem falar do Hospital das Clínicas da UFPE. Não dá para falar em Hospital das Clínicas sem falar nos trabalhadores da Ebserh. Resta-nos o caminho mais tortuoso, mais difícil, mas não impossível. Vamos continuar na luta”, sentenciou. 

O resultado da mobilização, ocorrida em diversos estados brasileiros, foi que a Ebserh marcou duas reuniões com a Condsef/Fenadsef, nos dias 02 e 15 de agosto. 

Perda de direitos

No horário da tarde, o advogado do setor jurídico do Sindsep, Rodrigo Machado, fez uma palestra sobre as perdas e riscos impostos ao trabalhador pela Reforma Trabalhista. O advogado observou que a CLT tinha como objetivo assegurar os direitos dos trabalhadores. “Mas essa reforma rasga a CLT, defende os interesses do patrão e deixa o trabalhador completamente desamparado. Agora, mais do que nunca, se torna fundamental a união da classe trabalhadora junto aos sindicatos e a sua participação em mobilizações para se contrapor a tudo isso que estão querendo implantar no Brasil”, concluiu. 
 

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