Fonasef e CDE da Condsef ratificam participação dos servidores no dia 22

Após uma jornada de três dias de força-tarefa no Congresso Nacional para barrar qualquer retrocesso no serviço público ou retirada de direitos da classe trabalhadora, o Fórum de Entidades Nacionais dos Servidores Federais, o Fonasef, se reuniu na última quarta-feira, 14, para dar encaminhamento à luta. 

Ficou definido que a categoria vai participar do Dia Nacional de Mobilização, na próxima quinta, 22 de setembro. A atividade é chamada pela Frente Brasil Popular, com o apoio da CUT e outras centrais sindicais. A Condsef também ratificou a adesão ao protesto na reunião do seu Conselho Deliberativo de Entidades (CDE), nessa quinta, 15.

Em Recife, o Dia Nacional de Mobilização será marcado por um ato público na tarde desta quinta, 22. A concentração será em frente ao prédio da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), a partir das 15h, no bairro de Santo Amaro. Várias categorias devem participar do protesto, trabalhadores do campo e da cidade.

Outra decisão do Fonasef ratificada pelo CDE da Condsef é construir uma grande greve geral e a manifestação do dia 22 seria um “esquenta” para essa mobilização maior. O entendimento que existe por parte da direção da confederação, assim do Sindsep-PE, da CUT e do movimentos sindical como um todo, é que as medidas que estão sendo tomadas pelo governo golpista de Michel Temer (PMDB) caminham na linha da recessão e da retiradas de direitos da classe trabalhadora.

Para dar embasamento teórico e técnico a esse consenso coletivo de rejeição às propostas de Temer, o Fonasef e o CDE da Condsef definiram que vão acompanhar a Jornada de Debates do Dieese que estão ocorrendo em todo o Brasil. Em Recife, o debate será na próxima terça, dia 20, a partir das 9h, no auditório do Sindsep-PE. O evento será aberto ao público e a discussão gira em torno do orçamento público e o cenário atual de crise no Brasil. Uma ótima oportunidade.

A Jornada Nacional de Debates do Dieese vai falar também dos males previstos na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/16. A matéria foi enviada ao Congresso pelo governo Temer para congelar os gastos com educação e saúde por 20 anos. É um retrocesso sem precedentes para o país. A maior crítica do movimento sindical é que se fala em cortar gastos com o social, mas nenhuma medida é pensada para, no mínimo, diminuir a dívida pública do país, que já leva mais da metade do PIB brasileiro.