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Governo recua, greve nacional é adiada, mas mobilização continua. Dia 5 tem ato no Derby


A ideia é ganhar tempo e fôlego para retomar a discussão. Com isso, o presidente golpista tem o que seria a sua primeira grande derrota política.Os parlamentares que se veem intimidados pela opinião pública e pela pressão do movimento sindical

Publicado: 01/12/2017
Escrito por: Ascom Sindsep-PE

Diante da pressão da classe trabalhadora e sem os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência, o governo ilegítimo, através do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), resolveu retirar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287/16 da pauta da Câmara dos Deputados e cancelar a votação em primeiro turno, que aconteceria nesta quarta-feira, dia 6 de dezembro. A ideia é ganhar tempo e fôlego para retomar a discussão. Com isso, o presidente golpista tem o que seria a sua primeira grande derrota política. O lobby através de jantares luxuosos e outras benesses não foi o suficiente para convencer os parlamentares que se veem intimidados pela opinião pública e pela pressão do movimento sindical.

Com isso, a CUT e demais centrais sindicais decidiram adiar a greve nacional, prevista para acontecer nesta terça-feira, 5 de dezembro, um dia antes da votação da PEC 287. No entanto, em Recife, a CUT-PE decidiu manter a programação deste terça-feira, quando será realizado um ato público, a partir das 15h, na praça do Derby. “A votação foi adiada, mas o processo de mobilização continua. Não podemos confiar nesse governo golpista. Terça tem ato e, se a reforma da Previdência entrar na pauta novamente, o Brasil vai parar”, alerta o presidente da CUT-PE, Carlos Veras. Ele adianta que dia 11 tem nova mobilização em Pernambuco. Dessa vez, junto com a Fetape, Contag e MST, em defesa da classe trabalhadora, inclusive dos trabalhadores rurais. 

Existem rumores de que a reforma da Previdência pode entrar na pauta da Câmara dos Deputados na semana de 11 a 15 de dezembro. Caso a informação seja confirmada, as centrais sindicais devem se reunir e anunciar a greve geral. “Essa é uma vitória parcial. A PEC 287 tem que ser arquivada. Vamos continuar reagindo a essa ofensiva do governo. Nenhum direito a menos aos trabalhadores e trabalhadoras deste país”, dispara o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.

Em nota divulgada no site da CUT Brasil, o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, reforça que a mobilização deve continuar. “O governo Temer continua trabalhando para conseguir os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência, medida rejeitada por 85% dos brasileiros, como apontou a última pesquisa CUT-Vox Populi, o que é inaceitável”, disse o sindicalista.

Segundo levantamento feito pelo Jornal Folha de São Paulo enrte os dias 27 e 30 de novembro, dos 510 parlamentares, 213 são contrários à reforma da Previdência e apenas 42 se declaram favoráveis, enquanto  11 disseram que são favoráveis em parte. Além desses, 44 estão indecisos, 15 seguem o partido, 107 se negaram a responder e 78 não foram encontrados. Os partidos também se dividem. Até o momento, nem mesmo o PMDB – partido de Temer – tem maioria favorável à PEC 287.

CAMPANHA
Nem mesmo a campanha de mídia que custou R$ 171 milhões aos cofres públicos – uma contradição do próprio governo em tempos de crise – foi o bastante para conseguir o aval da população sobre a reforma da previdência. Essa campanha de mídia, por sinal, foi proibida de ser veiculada nessa quinta-feira, dia 30. Em resposta a uma ação movida pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), a juíza a 14ª Vara Federal de Brasília, Rosimayre Gonçalves de Carvalho, decidiu conceder liminar e suspender a veiculação da propaganda sob multa diária de R$ 50 mil em caso de desobediência.

ASSEMBLEIA ADIADA
Em virtude do adiamento da greve geral desta terça, a direção do Sindsep-PE resolveu cancelar a assembleia extraordinária que aconteceria na noite desta segunda, dia 4. No entanto, o sindicato continua atento e convoca os servidores a se mobilizarem e defenderem  seu  direito  de  se  aposentar.

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