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Grupo criminoso financiou campanha de Campos, diz PF


"O esquema foi utilizado para pagar propina na campanha do governador", afirmou a delegada federal Andrea Pinho, durante entrevista coletiva no Recife

Publicado: 21/06/2016
Escrito por: Brasil 247

O esquema criminoso investigado na Operação Turbulência, deflagrada nesta terça-feira 21 pela Polícia Federal, pode ter financiado a campanha de reeleição do então governador de Pernambuco Eduardo Campos, em 2010. "O esquema foi utilizado para pagar propina na campanha do governador", afirmou a delegada federal Andrea Pinho, durante entrevista coletiva no Recife.

A ação prendeu quatro empresários, entre eles os donos do avião onde estava Eduardo Campos quando morreu em um acidente aéreo durante a campanha presidencial de 2014. Segundo a PF, as empresas investigadas seriam usadas para lavar dinheiro desviado da Petrobras e das obras da Transposição do Rio São Francisco.

Por meio do compartilhamento de provas obtidas através da Operação Lava Jato, os agentes da Operação Turbulência suspeitam que a empreiteira OAS pode ter transferido até R$ 18 milhões para o esquema que funcionava por meio de empresas de fachada para financiar a campanha de Campos. Os recursos teriam sido transferidos para a empresa de fachada Câmara e Vasconcelos Locação e Terraplanagem. Segundo a OAS, o dinheiro seria destinado à realização de obras de terraplanagem da Transposição do Rio São Francisco.

De acordo com o delegado Daniel Silvestre, o inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) trata de uma possível doação ilícita para a campanha de reeleição de Campos em 2010. Também teriam sido registrados pagamentos posteriores ao período eleitoral, o que levantou suspeitas de que parte dos recursos teriam sido utilizados no pagamento de dívidas de campanha.

Durante a operação, os agentes federais prenderam no Recife os empresários Apolo Santana Vieira e Arthur Roberto Lapa Rosal. Outros dois empresários, Eduardo Freire Bezerra Leite e João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho também foram presos em estavam em São Paulo e levados para a capital pernambucana. Já Paulo César de Barros Morato não foi localizado e é considerado foragido.

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