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Ocupa Brasília reúne mais de 150 mil pessoas, sob forte repressão policial


Manifestantes foram às ruas de forma pacífica contra a reforma Trabalhista e da Previdência, pelo Fora Temer e por Diretas Já!

Publicado: 24/05/2017
Escrito por: Ascom Sindsep

Gás lacrimogênio, bombas de efeito moral, tiros de bala de borracha, cavalaria da Polícia e Batalhão de Choque fortemente armados na direção dos manifestantes, com muita gente ferida na Esplanada dos Ministérios. A Capital Federal foi palco de um verdadeiro cenário de guerra civil nessa quarta-feira, 24 de maio. O Ocupa Brasília superou a expectativa de público e reuniu mais de 150 mil pessoas, que foram às ruas de forma pacífica contra a reforma Trabalhista e da Previdência, pelo Fora Temer e por Diretas Já!

O protesto foi organizado pela CUT e demais centrais sindicais, que avisaram previamente às autoridades. O Congresso foi cercado, mas a Polícia não respeitou o cerco e recebeu os manifestantes de forma repressiva. Dentro do Congresso não foi diferente. Clima tenso. Parlamentares da oposição ocuparam o Plenário Ulisses Guimarães, da Câmara dos Deputados, exigindo o final da sessão, em protesto contra a repressão policial e em respeito aos manifestantes que estavam do lado de fora. 

“Vocês vão dizer para os filhos e netos que participaram de uma das maiores marchas da classe trabalhadora a Brasília. Eles deram início ao golpe, mas eles não vão terminar. É Diretas Já! Fizemos a maior marcha dos últimos tempos, fizemos também a maior greve geral, no dia 28 de abril. Se for preciso faremos outra greve geral, ainda maior”, discursou o presidente nacional da CUT, Wagner Freitas, em cima do trio elétrico, na frente do Congresso. 

Segundo a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), em vídeo ao vivo produzido pelo Coletivo de Comunicação Mídia Ninja no plenário da Câmara, os policiais ameaçaram virar o carro de som com parlamentares da oposição dentro. Eles jogaram também bombas em cima do trio elétrico e se uniram a grupos que protestavam contra a classe trabalhadora. “Chegou a ser ridículo”, enfatizou a parlamentar.

A repressão policial não sessou. Até a saída do último trio elétrico da Esplanada dos Ministérios, a Polícia permaneceu em posição de ataque, num completo desrespeito aos manifestantes. 

DIA LEGISLATIVO

Mesmo com o protesto do lado de fora houve votação na Câmara dos Deputados, no início da manhã. O presidente da casa, Rodrigo Maia, anunciou que não teve tempo de analisar nenhum pedido de impeachment do presidente Michel Temer. Já são 12 até o momento. A Comissão de Constituição e Justiça mais uma vez adiou a análise da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 227/16, de Miro Texeira (Rede-RJ), que prevê eleições diretas para a Presidência da República até seis meses do fim do mandato. 

No Senado, um pequeno avanço. Na CCJ de lá, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) fez a leitura do relatório PEC 67/16, que prevê eleições diretas para presidente da República, caso haja vacância nos três primeiros anos. A matéria deve ser votada na comissão na próxima quarta-feira, dia 31. A proposta é de autoria de vários senadores da oposição, inclusive do próprio Lindbergh Farias.
                                                                             

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