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Palestra, debate e confraternização nos 24 anos do Núcleo de Aposentados do Sindsep


A atividade aconteceu no auditório da sede do Sindicato e contou com a palestra do ex-deputado e professor da UFPE, Paulo Rubem Santiago, sobre o Impacto da Carga Tributária na Vida dos Aposentados e Pensionistas

Publicado: 04/07/2018

Da Ascom Sindsep-PE

O Núcleo de Aposentados e Pensionistas do Sindsep comemorou a passagem do seu aniversário de 24 anos, na manhã desta quarta-feira (04.07), com palestra, debate, apresentação cultural e uma agradável confraternização. A atividade aconteceu no auditório da sede do Sindicato e contou com a palestra do ex-deputado e professor da UFPE, Paulo Rubem Santiago, sobre o Impacto da Carga Tributária na Vida dos Aposentados e Pensionistas e com a apresentação do Coral do Sindsep, que completa 20 anos de atuação. Ao final, foi servido um coquetel aos presentes. 

O evento foi aberto pelo coordenador geral do Sindsep, José Carlos de Oliveira, que falou da importância do Núcleo para o movimento Sindical. “Para além de ser uma instância organizativa de uma parcela muito importante de nossos filiados, o Núcleo é a prova cabal de que os aposentados podem ser cidadãos políticos ativos e que unidos podem sim mudar os rumos desse país. Por isso, nas próximas eleições, devemos votar em representantes dos trabalhadores”, afirmou.   

A representante da CUT, Wilma Maria, deu os parabéns aos integrantes do Núcleo e aos aposentados presentes para depois lembrar que a força do Sindsep deve muito a essa parcela dos servidores. “Aposentados sim, inativos nunca. Somos aposentados, mas ativos na luta”, fez questão de sublinhar. 

O Núcleo foi criado em julho de 1994 como uma instância organizativa de base. “Hoje, a participação dos aposentados nas atividades do Sindsep é de fundamental importância, confirmando o acerto na sua criação”, lembrou a coordenadora do Núcleo, Ana Estrela.

Após as falas de abertura, o Coral do Sindsep apresentou três canções de Luiz Gonzaga (Olha pro céu, Que nem Jiló e Sabiá) e Recife Manhã de Sol, de J. Michiles. 

Palestra

O ex-deputado e professor, Paulo Rubem, iniciou sua palestra afirmando que a máxima de que a carga tributária brasileira é alta, não passa de um grande mito sustentado pela elite econômica nacional. Ele destacou que o Brasil tem uma carga tributária de cerca de 33% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) nacional, enquanto na Dinamarca, por exemplo, a carga é de cerca de 50%. Na verdade, o Brasil está em 14º lugar entre os países com maior carga tributária. 

Na verdade, destacou Paulo Rubem, a carga tributária brasileira é injusta, ao cobrar mais dos que recebem menos e muito pouco dos que mais ganham. “Todo país decente tem uma tributação para que prevaleça a solidariedade entre as diversas camadas da sociedade para financiar o bem estar social de todos. No Brasil, os que mais reclamam da carga tributária são aqueles que mais recebem isenção. As grandes empresas nacionais costumam ter como princípio a sonegação, mesmo depois de receberem isenção e perdão de suas dívidas passadas”, observou.

Segundo ele, os seis maiores bilionários brasileiros acumulam ganhos equivalentes ao que recebem os 100 milhões de brasileiros mais pobres e eles estão dentro do grupo dos que menos pagam impostos. “A maior tributação brasileira é sobre os produtos. Ou seja, um bilionário paga o mesmo imposto sobre um refrigerador, por exemplo, que um assalariado."

Paulo Rubem lembrou ainda que, enquanto os ricos pagam pouco ou sonegam impostos, a dívida dos aposentados vem crescendo absurdamente nos últimos anos por causa da necessidade que eles têm de ajudar seus filhos desempregados.

Para o professor, a realidade brasileira é difícil de mudar porque são os mais ricos que financiam as campanhas de muitos dos congressistas que aprovam as leis. “Por isso, temos que eleger um presidente e parlamentares de esquerda, comprometidos com o trabalhador”, defendeu. 

Outro dado preocupante diz respeito a desindustrialização brasileira. “Há 35 anos a renda do trabalhado empatava com a dos aposentados. Hoje, o déficit é grande porque quem tem dinheiro está investindo no sistema financeiro, devido a alta dos juros, o que não gera empregos. E o governo, ao invés de promover uma política de geração de empregos quer promover uma reforma da Previdência para sacrificar ainda mais os aposentados e continuar beneficiando os ricos”, concluiu.
 

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