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Reforma trabalhista em ritmo acelerado no Senado. Trabalhador fiscaliza parlamentares


O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), acatou o pedido de urgência na tramitação da reforma trabalhista e promete votar a matéria antes do recesso parlamentar, previsto para 18 de julho

Publicado: 03/07/2017

Da Ascom Sindsep-PE 

O sucesso da greve geral de sexta passada, 30 de junho, só confirma a tese de que a pressão popular é ainda a única arma que a classe trabalhadora tem para estancar o assalto aos direitos trabalhistas praticados pelo governo e pelo Congresso Nacional. Apenar de todas as pesquisas de opinião apontarem uma rejeição de mais de 90% do presidente ilegítimo e a reprovação das reformas trabalhista e da Previdência, essas reformas continuam tramitando no Congresso. A trabalhista (PLC) 38/2017, inclusive, pode ser votada a qualquer momento no plenário do Senado. Já a previdenciária (PEC) 287/2016, por enquanto, está parada na Câmara dos Deputados, pois o relator da matéria, deputado Arthur Maira (PPS), afirmou que não há clima para votação do projeto por conta das várias denúncias de corrupção envolvendo o presidente Michel Temer.

Enquanto a PEC 278 não avança, o PCL 38 está em ritmo acelerado. Embora tenha sido rejeitada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), no dia 20 de junho a matéria foi aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e, no dia 28, obteve parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Autor da reforma trabalhista na CCJ e homem forte do presidente ilegítimo, o senador Romero Jucá está submerso em acusações de corrupção, assim como seu chefe. Após aprovar a reforma na comissão, Jucá articula agora a votação do projeto no plenário do Senado, previsto para acontecer na primeira quinzena de julho. 

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), acatou o pedido de urgência na tramitação da reforma trabalhista e promete votar a matéria antes do recesso parlamentar, previsto para 18 de julho. A ordem agora é fiscalizar os senadores contrários aos trabalhadores e intensificar a mobilização popular. No dia da votação no plenário, as centrais sindicais devem realizar uma grande mobilização em Brasília para pressionar os senadores a votarem contra a reforma trabalhista. É preciso um movimento de massa, envolvendo a maioria da população, capaz de inibir governo e Congresso a usurparem direitos históricos, conquistados com muitas luta.

Além disso, precisamos dar o troco aos parlamentares favoráveis a retirada de direito dos trabalhadores, como o senador pernambucano Armando Monteiro, um dos membros da CCJ que votou a favor da reforma trabalhista na comissão. Quem vota contra trabalhador não merece nosso voto. Lembre-se disso. Vamos dá o troco nas eleições do ano que vem.

“O embate entre o capital e o trabalho é um processo de luta que exige organização, mobilização e capacidade de resistência como qualquer luta de classe. A greve de 30 de junho é mais um passo na construção da resistência e da luta por um futuro melhor para todos”, defendeu o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas.
 

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