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Sob pressão da Fetraf, Joaquim Levy aponta que não haverá cortes em políticas para agricultores familiares e reforma agrária


Publicado: 20/05/2015

Publicado na CUT Nacional 

Em reunião com ministros nessa terça-feira (19), em Brasília, a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf) obteve do governo federal o compromisso de que não haverá cortes em políticas públicas para a agricultura familiar e à reforma agrária.

Participaram da audiência Joaquim Levy (Fazenda), Miguel Rossetto (Secretaria Geral da Presidência) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário-MDA). De acordo com Levy, a presidenta Dilma Rousseff orientou para que seja mantido o mesmo patamar do orçamento anterior mesmo com o corte orçamentário que o Executivo deve anunciar nesta quinta (21).

Segundo o coordenador-geral da Fetraf, Marcos Rochinski, apesar de baixo do que esperavam os agricultores, a proposta ao menos faz com que a política de ajuste fiscal não atinja em cheio a produção de alimentos.

“Considerando apenas o crédito para o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), teremos R$ 24 bilhões. Está abaixo do que desejávamos, trabalhávamos com a expectativa de uma elevação para R$ 32 bilhões, mas ao menos garantimos que o investimento em quem coloca comida na mesa dos brasileiros será mantido”, apontou.

Secretária de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti, ressaltou que a presença de três ministros no encontro demonstra a importância que a agricultura familiar tem para o país.

“Agora, esperamos que o acordado seja efetivamente cumprido, porque não há agricultura familiar sem apoio na pesquisa e comercialização do que sai do campo”, afirmou.

Trabalho em pauta

A audiência com os ministros foi parte da Jornada de Lutas que a Fetraf promove até hoje (20) e aconteceu após 1.500 trabalhadores acampados em Brasília ocuparam o prédio do Ministério da Fazenda às seis horas da manhã dessa terça-feira (19).

A federação ainda tem previsto para esta quarta um encontro com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, para tratar de registros de sindicatos rurais e a expectativa é que a presidenta Dilma também receba os agricultores.

Com mais de 800 sindicatos filiados e organizados em 18 estados, a Fetraf entrega ao governo federal uma pauta de reivindicações baseada em quatro eixos: manutenção de recursos para políticas públicas voltadas à agricultura familiar, linhas de crédito específicas para jovens e mulheres, retomada dos programas de regularização fundiária e a proteção aos trabalhadores que atuam pela preservação dos recursos naturais.

Como outros setores da economia, os produtores também sofrem com o corte no orçamento do governo federal, especialmente aqueles que não têm o mesmo lobby do agronegócio e dependem de iniciativas como o Programa de Aquisição de Alimentos, explica o coordenador-geral da Fetraf, Marcos Rochinski.

“Temos uma discussão que não se restringe a alguns ministérios, mas a um projeto de desenvolvimento. O governo sinalizou com cortes de 45% a 50% para pastas importantes como o MDA (Ministério de Desenvolvimento Agrário) e diminuir investimentos em um setor como esse é cortar verba para alimentar o povo brasileiro. Se somos responsáveis por 70% do que os brasileiros comem, restringir esse recurso é cortar possibilidade desses alimentos serem produzidos”, explicou.




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