Trabalhadores dizem basta ao retrocesso!

Trabalhadores de braços cruzados, rodovias e vias urbanas trancadas e atos de rua tomaram conta do Brasil no Dia Nacional do Basta, realizado nesta sexta-feira, dia 10 de agosto, em diversas cidades brasileiras. A mobilização foi realizada pelas centrais sindicais  para dizer um basta à retirada de direitos do trabalhador, à privatização do patrimônio nacional, ao ataque a democracia brasileira e ao corte em investimentos públicos.

Em Pernambuco, o Dia  do Basta começou com paralisações em órgãos públicos, nas estradas federais e estaduais, refinarias e escolas públicas. Já pela manhã, sete trechos das BRs 232 e 408 e das PEs 408 e 160  foram bloqueadas  pelo MST. Na Região Metropolitana do Recife, os petroleiros pararam a Refinaria de Abreu e Lima.

À tarde, representantes da   CUT, CTB, CSP Conlutas, Força Sindical, Nova Central e UGT se reuniram na praça do Derby (foto), onde realizaram um ato unificado. Os trabalhadores pediram a criação de políticas, programas e ações imediatas para enfrentar o desemprego e a revogação de todas as medidas do governo Temer que retiram direitos da classe trabalhadora e da população, como a EC 95/2016  - que congela  investimentos públicos por 20 anos -, a reforma Trabalhista e a terceirização. Eles também exigiram o retorno da política de valorização do salário mínimo e defenderam a liberdade do ex-presidente Luís Inácio Lula  da Silva, candidato à Presidência da República.

"Ninguém aguenta mais a situação que o país chegou. Depois do golpe, impera a política de desestruturação social, com um governo voltado para uma minoria absoluta, cerca de 3% a 4% da população, que são os mais abastados, os detentores do poder e do capital, em detrimento da imensa maioria da população brasileira, da classe trabalhadora, dos necessitados de políticas públicas. Sem falar do entreguismo do patrimônio público ao capital estrangeiro e especulativo. Em face disso, o Dia do Basta é  um pontapé inicial para uma série de outras atividades de massa que a sociedade vai ter que  promover contra essas políticas nefastas. O povo tem que participar”, destacou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos Oliveira.