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Congresso votará reforma trabalhista a toque de caixa para tentar salvar Temer


“O trabalhador tem que ir às ruas, mostrar sua força, no dia da votação”, destacou a coordenadora geral do Sindsep-PE, Graça Oliveira

Publicado: 05/07/2017

Da Ascom Sindsep-PE

O Congresso Nacional continua dando sinais de que não pretende escutar a voz das ruas durante a votação da antirreforma trabalhista. Como se vivessem em um mundo paralelo, senadores aprovaram por 46 votos a favor e 19 contra, na tarde dessa terça (4), o requerimento de urgência para votação do projeto da antirreforma (PLC 38). A bancada governista conseguiu manter o texto como aprovado na Câmara. O líder do governo, Romero Jucá (PMDB), acredita que a votação ocorrerá, em Plenário, já na próxima terça 11. A ideia é votar o projeto antes do recesso parlamentar, que começa no próximo dia 18. 

Mas a oposição, formada por partidos como o PT, PCdoB e Psol, tentará obstruir a votação. E é nesse momento que a mobilização popular pode ter influência. “O trabalhador tem que ir às ruas, mostrar sua força, no dia da votação”, destacou a coordenadora geral do Sindsep-PE, Graça Oliveira. O presidente ilegítimo, Michel Temer, está sendo denunciado e pode deixar a Presidência em breve. Uma reforma dessa importância, sugerida por um presidente denunciado por corrupção, não pode ser aprovada a toque de caixa. Mas é justamente na aprovação dela que reside a sobrevida do ilegítimo. Caso temer obtenha a vitória, ele pode continuar recebendo o apoio da elite econômica brasileira para permanecer no Poder. 

E para sua aprovação, o ilegítimo já liberou R$ 4 bilhões em emendas parlamentares e está recebendo diariamente diversos deputados e senadores no Jaburu. O deputado Jair Bolsonaro foi o parlamentar mais bem agraciado com recursos. Um total de R$ 18,5 milhões. No Senado, o campeão foi Aécio Neves, com R$ 18,4 milhões. Aécio é um dos principais defensores da permanência do PSDB na base de Temer. O terceiro lugar em pagamento de emendas, com R$ 17,7 milhões, é o senador Cristovam Buarque (DF), do PPS, partido que chegou a pedir a renúncia do presidente e ensaiar um abandono da base após as delações da JBS, mas posteriormente recuou e permanece aliado ao governo.

GERAÇÃO DE EMPREGOS? 

O governo Temer, parlamentares de direita e empresários defendem a reforma trabalhista afirmando que ela irá modernizar o setor e gerar empregos no país. No entanto, já está mais do que claro que esse projeto só está sendo proposto para beneficiar os empresários que apoiaram o golpe.  

O Centro de Estudos Sindicais e de Economia da Unicamp lançou nessa segunda (3) um dossiê em que avalia a proposta de reforma trabalhista. Segundo o documento, o PLC 38 não traz um único ponto que beneficie o trabalhador. O documento destaca que a proposta responsável por revisar mais de uma centena de itens da CLT é um apanhado de diversas reivindicações patronais.

As formulações presentes na reforma foram em boa parte incorporadas pelo programa lançado pelo PMDB, em 2015, “Uma Ponte para o Futuro”. Um compromisso assumido por Temer, junto aos empresários, para que o auxiliassem a tomar o lugar de Dilma Rousseff na Presidência. Resultado: o PLC 38 conta com plataformas da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). “Ao invés de aumentar o número de empregos, a reforma Trabalhista irá promover uma substituição dos trabalhadores efetivos por terceirizados, por contratos temporários, intermitentes e parciais, precarizando o trabalho, reduzindo os custos do empresário com a mão de obra e aumentando seu lucro”, disse Graça.

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