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Governistas e empresários aprovam reforma Trabalhista. E o trabalhador pagará o ‘pato’


A vitória de Temer e dos políticos que disseram sim a antirreforma é a vitória do mercado. Foi com os grandes empresários que os reformistas fizeram um pacto

Publicado: 12/07/2017

Armando Monteiro e Fernando Bezerra Coelho votaram contra o trabalhador.

Humberto Costa votou contra a reforma do governo golpista

Da Ascom Sindsep-PE

O  governo Michel Temer, o Congresso Nacional e os grandes empresários armaram a maior das ciladas para o trabalhador brasileiro.  A partir de agora, com a aprovação da ‘reforma’ Trabalhista, na última terça-feira (11), que rasgou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), teremos um país que será dividido entre aqueles que terão melhores condições de trabalho e aqueles que serão escravizados, com salários baixos e nenhuma proteção da Justiça. Ou seja, o Brasil retorna ao século XVI, período que teve início a escravidão. Foram 50 votos contra o trabalhador e 26 contra a reforma do governo golpista. 

A vitória de Temer e dos políticos que disseram sim a antirreforma é a vitória do mercado. Foi com os grandes empresários, financiadores de campanhas políticas e do golpe que derrubou a presidente Dilma Rousseff (PT), que os reformistas fizeram um pacto. A ideia foi garantir modificações que achatassem ainda mais o salário do trabalhador e possibilitassem maiores lucros para o empresariado. 

E alguns políticos se comprometeram e defenderam essa antirreforma com unhas e dentes. Foi o caso do senador Armando Monteiro (PTB), ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria, e de Fernando Bezerra Coelho (PSB), ambos eleitos por Pernambuco com o voto da classe trabalhadora. Ambos traidores de seus eleitores. “É por isso que temos que prestar muita atenção em quem votar, inclusive para senadores e deputados. O trabalhador não pode votar em alguém que vai prejudicar toda a sua vida”, comentou a coordenadora geral do Sindsep-PE, Graça Oliveira. 

Do outro lado, contrário a reforma, estava o senador pernambucano, Humberto Costa (PT). Do lado dos trabalhadores também ficaram as senadoras oposicionistas que ocuparam a mesa diretora do Senado, Gleisi Hoffmann (PT), Fátima Bezerra (PT), Regina Sousa (PT), Vanessa Grazziotin (PCdoB) e Lídice da Mata (PSB), na tentativa de impedir a votação, além de vários senadores de partidos de esquerda. As senadoras foram tratadas com indignação pelos defensores da ‘reforma’ e pelos jornais que cobriram a votação. Evidentemente que assim seria, uma vez que os grandes meios de comunicação brasileiros são empresas e jamais defenderam o trabalhador. A linha desses jornais sempre foi em defesa de seus patrões, e de seus anunciantes, também empresários. 

As centrais sindicais e os sindicatos filiados, incluindo o Sindsep-PE, realizaram várias reuniões, mobilizações de rua e greves com os trabalhadores na tentativa de alertar a população contra o desmonte dos direitos trabalhistas. Mas infelizmente a população continua inerte diante do golpe.  

Agora, já a partir do próximo mês de novembro, acordos entre trabalhadores e patrões (que sempre estarão em melhor posição para negociar) podem  prevalecer sobre a Lei; o trabalhador poderá ser pago apenas por período trabalhado, recebendo pelas horas ou diária; a jornada diária poderá ser de 12 horas com 36 horas de descanso, dificultando as horas extras; as férias poderão ser fracionadas em até três períodos; o trabalhador será obrigado a comparecer às audiências na Justiça e, caso perca a ação, arcar com as custas do processo; e caso o empregado assine a rescisão, fica impedido de questioná-la posteriormente na Justiça trabalhista.

Mas os representantes dos trabalhadores não ficarão de braços cruzados. Cada ponto dessa antirreforma será questionado no STJ. É sabido que a Justiça brasileira, também formada em sua maioria por integrantes da elite, tende a ficar do lado dos mais fortes. Mas já fomos vitoriosos em diversas causas e  nesse caso, diante do descumprimento das convenções internacionais apontado pela OIT, voltaremos a brigar na Justiça. 
 

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