SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO

(81) 3131.6350 - [email protected]

Home | Notícias

Governo ataca servidores para tentar convencer população a aceitar reforma da Previdência


Na esperança de diminuir a resistência, Temer resolveu reduzir a proposta original da Reforma. Mas o retrocesso é o mesmo

Publicado: 17/11/2017

Da Ascom Sindsep-PE

O governo Michel Temer lança mais uma ofensiva contra o servidor público. Dessa vez, o Governo reforça o preconceito propagado pelos grandes meios de comunicação contra os servidores para tentar aprovar a reforma da Previdência, que será negativa para toda a população brasileira. Em campanha publicitária de televisão que custou cerca de R$ 20 milhões e vai ao ar na noite de hoje, o Governo defende a reforma da Previdência atacando o que chama de “privilégios” dos servidores públicos e afirma que “tem muita gente no Brasil que trabalha pouco, ganha muito e se aposenta cedo”.

O governo faz uma generalização para tentar incutir na cabeça do brasileiro que os servidores são privilegiados e que esses privilégios devem ser combatidos e, dessa forma, ganhar a opinião pública. O servidor público vem sendo atacado há anos pelos meios de comunicação para convencer a população de que o serviço público não é algo positivo e, com isso, beneficiar a iniciativa privada. 

“Existe uma parcela pequena de servidores que recebe bons salários. Mas a grande maioria recebem salários baixos e defasados. Temos que combater esse discurso deixando isso muito claro para a população. E é importante que saibam que quando fazemos movimentos grevistas por melhores condições de trabalho e por aumento de salários, estamos lutando pelos nossos direitos. Em um País em que existe inflação alta, sem reajuste anuais os salários estariam muito mais defasados do que já estão hoje. O mínimo que se pode esperar é a não redução de nossos vencimentos”, destacou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos Oliveira.

Também não é verdade que o corpo funcional do serviço público seja desqualificado e atenda mal a população. “Nós acordamos diariamente e nos dirigimos aos nossos locais de trabalho para realizar uma tarefa que muda a realidade de vida de toda a população brasileira, porque todos precisam do serviço público. E trabalhamos com muita seriedade e atenção. Mas os meios de comunicação pegam situações isoladas de mau atendimento e propagam aquilo como se fosse uma regra”, disse José Carlos.  

Além disso, os meios de comunicação comerciais se referem ao serviço público como sendo dominado pela corrupção, quando se sabe que as práticas espúrias têm origem no loteamento das entidades públicas para apadrinhados políticos. “A ideia é fazer com que o brasileiro desacredite das empresas públicas e dos servidores. Com isso, eles conseguem passar a mentira de que o setor público é desnecessário e que o melhor seria privatizar tudo”, afirmou José Carlos.     

Retrocesso

O governo corre contra o tempo para aprovar a reforma da Previdência ainda este ano na Câmara. A expectativa é de que a matéria seja analisada no início de 2018 no Senado. Mas os senadores estão temendo que a aprovação da reforma os prejudiquem nas eleições do ano que vem.

Na esperança de diminuir a resistência, Temer resolveu reduzir a proposta original da Reforma. Mas o retrocesso é o mesmo. O novo modelo que está sendo negociado continua restringindo a idade mínima para aposentadoria em 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres). Além disso, teve um ponto importante que foi piorado. Para o trabalhador receber seu benefício integral precisa pagar a Previdência por 44 anos.

Quem contribuir por 15 anos poderá se aposentar, mas com apenas 50% do seu salário. A comissão especial na Câmara para tratar da reforma da Previdência havia aprovado texto que estabelece 40 anos de contribuição para receber o valor máximo do benefício.

« Voltar


Receba Nosso Informativo

X