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Guerra nuclear: o botão do caos


Publicado: 27/10/2016

De Javier Rodríguez Carrasco, para RT.com

Da Carta Maior 

A ameaça de uma guerra nuclear tem sido vista, nos últimos tempos, como uma possibilidade relativamente distante. Não obstante, com o agravamento da confrontação entre a Rússia e os Estados Unidos, as duas grandes potências nucleares do mundo desde o fim da Segunda Guerra Mundial, todos estão em alerta.
 
Apesar de que ambos os países assinaram recentemente um acordo de desarmamento, os Estados Unidos vem impulsando um projeto de modernização do seu arsenal nuclear instalado na Alemanha, enquanto a Coreia do Norte, de tempos em tempos, mostra que Washington não tem o monopólio da realização de provas nucleares no mundo.
 
O governo de Kim Jong-un, com seus frequentes ensaios militares, são a desculpa perfeita para que os Estados Unidos mantenham o discurso de o desarmamento é um erro e que é preciso manter as armas nucleares em determinados pontos estratégicos fora de suas fronteiras.
 
Rússia e as armas nucleares: quem é o verdadeiro inimigo?


Para fazer com que todas estas armas sejam imprescindíveis, é preciso criar pânico e definir quem é o inimigo. E segundo a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e os Estados Unidos, o inimigo é a Rússia. O medo a uma resposta nuclear russa se transformou no ingrediente perfeito, que consolida o discurso de apontar a Rússia como a principal razão para defender a existência e a proliferação dos arsenais nucleares, como se Moscou quisesse destruir o mundo e ser dono de um planeta arrasado pelas bombas nucleares.
 
O que a Rússia deseja? Uma Terceira Guerra Mundial? Destruir o Ocidente e ser o dono de um planeta arrasado? Ha quem realmente acredite que Putin está disposto a apertar o botão?
 
Tal pensamento produz um agravamento ainda maior da tensão, e diminui a possibilidade de um acordo, ou mesmo de um movimento mínimo de aproximação. O presidente russo, Vladimir Putin, como resposta à política estadunidense, optou por suspender um tratado com Washington que determinava que os dois países deixariam de utilizar o plutônio para a fabricação de armas nucleares. O resultado dessa medida coloca a segurança do mundo inteiro em risco.
 
Estamos diante de una nova escalada armamentista?
 
Em meio a esta tensão, e após declarações do secretário de Defesa estadunidense sobre usar o armamento nuclear em conflitos que envolvam a Rússia, a fim de prevenir que Moscou utilize o mesmo tipo de armas, aumenta cada vez mais o risco de uma nova era nuclear, ainda mais se consideramos que ambas as nações contam com 90% do arsenal nuclear mundial. Esta é a tensão que Barack Obama quer deixar como herança? Porque até no Congresso já se pede a gritos que ele detenha suas políticas referentes às armas nucleares.
 
Um mundo sem armas nucleares é uma utopia?

 
Também é preciso destacar a importância de liberar o mundo das armas nucleares. Enquanto as sociedades continuarem a funcionar numa dinâmica que mantém o ser humano dirigido pelo medo, e não exista confiança mútua entre as nações, os políticos e os mandatários, esta possibilidade seguirá sendo uma utopia. É preciso destravar um diálogo, buscando chegar a metas em conjunto, sem acrescentar desconfianças e rivalidades, seja por interesses particulares ou por orgulho.
 
Tradução: Victor Farinelli



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