2024 será um ano de luta para as servidoras e servidores federais

O ano de 2024 promete ser um ano de muita mobilização por parte das servidoras e servidores federais brasileiros. Isso porque o governo federal pegou as funcionárias e funcionários públicos de surpresa ao oferecer reajuste salarial zero para este ano. 

Depois de seis rodadas de reuniões e muita negociação, a proposta do governo foi de reajustar apenas os benefícios das servidoras e servidores. O reajuste de 9% ficaria apenas para os anos de 2025 e 2026, sendo escalonado. Ou seja, 4,5% em cada ano.  

Veja AQUI e acima um vídeo com o coordenador-geral do Sindsep-PE, José carlos de Oliveira, conclamando as servidoras e servidores federais pernambucanas(os) a ficarem atentas(os) para a assembleia que será convocada pelo Sindsep para debater o assunto.  

Com essa proposta, o governo desconsidera completamente a demanda da categoria. A proposta de recomposição da Campanha Salarial prevê reajustes entre 39,82% a 53,05% que seriam escalonados em três anos (2024 a 2026), a partir de 1º de janeiro de 2024. 

Os benefícios

A proposta do governo em reajustar apenas os benefícios é divisionista, porque exclui 51% das servidoras e servidores que estão aposentadas(os), além das(os) pensionistas.

O plano do Governo é o de reajustar o Vale Alimentação dos atuais R$ 658,00 para R$ 1.000,00, em um aumento de 52%. O Auxílio Creche de R$ 321 para R$ 484,90, o que representa 51,06%. Já a contrapartida do governo nos planos de saúde passou de R$ 144 para R$ 215.

No entanto, as aposentadas, aposentados e pensionistas não recebem o Vale Alimentação e muito poucos o auxílio creche. Quanto ao auxílio saúde, eles teriam, na prática, um aumento, em média, de apenas R$70 nos contracheques. 

Além de representar mais da metade do funcionalismo público federal, as aposentadas, aposentados e pensionistas são a maior parte das servidoras e servidores filiados(as) ao Sindsep-PE. Essas trabalhadoras e trabalhadores dedicaram suas vidas a conduzir políticas públicas e atender ao Estado e ao povo brasileiro. E a segregação é inaceitável.