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SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO
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Publicado: 03/09/2025
Do GGN
Por Luís Nassif
A economia começa a se recuperar. Caem os indicadores de desemprego, melhora o desempenho dos setores, aumenta a previsão de crescimento do PIB. Deu ruim. A planilha do Banco Central dirá que aquele nível de atividade pressionará os preços, tirando a inflação da meta. E toca aumentar a Selic, emperrar o crédito às empresas, reduzir os investimentos (justamente o que aumenta a oferta). Deu bom.
O jogo de cena é fantástico por vários fatores:
As contra-indicações são terríveis. E os movimentos do câmbio acabam condicionados por uma operação de nome carry trade.
Além disso, há uma competição entre países emergentes, especialmente Brasil, México, África do Sul e Indonésia. Se o carry trade de um país está melhor do que outro, os capitais voam de um lado para outro. Foi o que ocorreu em dezembro passado, provocando uma explosão na cotação do real em relação ao dólar. Por isso, o BC acompanha diariamente o carry trade do Brasil e dos seus competidores. A meta inflacionária é jogo de cena.
Mas como reduzir a volatilidade? Este é o grande desafio no qual está envolvido o Banco Central e economistas de várias áreas.
Há quem sugira controle de capitais, bandas cambiais, IOFs e quetais. O busílis é outro, como tem alertado há tempos Manfred Back – inclusive em artigos aqui no GGN. Trata-se do mercado de derivativos.
Há vários formatos:
Há várias ferramentas para tentar reduzir a volatilidade, de swaps cambiais oferecidos pelo BC e circuit breaks (mecanismo para interromper pregões em momentos de oscilação extrema).
O que interessa é que, qualquer tentativa de tornar o país menos vulnerável às oscilações do câmbio, passa necessariamente pelos mercados futuros. É por aí que deve se iniciar a tentativa de escapar da armadilha das metas inflacionárias.