Área ambiental federal, em Pernambuco, decide manter operação padrão

As servidoras e servidores públicos vinculados ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) decidiram não entrar em greve no próximo dia 1° de julho. A decisão foi tomada durante assembleia do Sindsep-PE realizada, junto à categoria, nessa terça-feira (25), na Superintendência do Ibama, em Casa Forte.

No lugar da greve, as servidoras e servidores da área ambiental federal no estado decidiram manter a mobilização atual, reduzindo o atendimento presencial, que vem ocorrendo apenas em caso de emergências. Também não estão lavrando novos autos de infração, nem concedendo licenciamento ambiental para novos empreendimentos que desejem se instalar no Estado, no que pode ser considerada como uma espécie de operação padrão no licenciamento e fiscalização. Além disso, ficou encaminhado que as(os) chefes de setores vão entregar, em ação coletiva, as funções administrativas de comando no Ibama.

Por fim, ficou deliberado que, na próxima semana, as(os) servidoras(os) se reunirão para avaliar o movimento grevista nacional e a possibilidade de se incorporar à paralisação.

"A assembleia é soberana para decidir a forma de mobilização que servidoras e servidores pretendem encampar na luta por melhores condições de remuneração e de trabalho. Com uma votação apertada, a maioria decidiu não entrar no movimento de greve da categoria por enquanto. No entanto, é importante ressaltar que Pernambuco continua ativo na mobilização e semana que vem avaliará os rumos do movimento. Apesar da não participação na greve da área ambiental por hora, as servidoras(es) são solidárias as companheiras e companheiros que já entraram na greve nacional, ou que pretendem entrar a partir da próxima segunda-feira", destacou o diretor do Sindsep e servidor do Ibama, Eduardo Albuquerque. 

Greve

As servidoras e servidores públicos ligados ao meio ambiente de vários estados brasileiros iniciaram uma greve na última segunda-feira (24). A expectativa é de que, até o dia 1º de julho, outros estados se unam ao movimento. A principal reivindicação da categoria é a reestruturação das carreiras, de uma forma a posicionar as servidoras e servidores ambientais mais próximos aos de outros setores, como das trabalhadoras(es) da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

Os servidores lutam pela retomada da mesa específica de negociação depois que o MGI fechou novas possibilidades da apresentação de contraproposta por parte da categoria.  

Um comunicado conjunto da Condsef/Fenadsef e Ascema Nacional foi encaminhado para o MGI, a ministra Marina Silva, além dos presidentes do Ibama e Instituto Chico Mendes (ICMBio) e do diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro. O documento defende a reabertura das negociações por parte do MGI e informa sobre a possibilidade de uma greve, a partir de julho, comprometer os avanços ambientais. Veja o documento na íntegra AQUI

Os estados de Paraíba, Pará, Acre e Rio Grande do Norte foram os primeiros a paralisar as atividades, ainda na segunda, assim como os servidores do MMA, em Brasília.

Por seu lado, o MGI afirmou que “informou às entidades representativas dos servidores da área que aguarda resposta formal à última proposta feita pelo Governo na Mesa de Negociação, que prevê reajustes de 19% a 30% para a categoria”.