Ataques aos direitos continuam e trabalhadores vão ocupar Brasília nesta quarta-feira (24)

Mesmo diante dos escândalos de corrupção envolvendo o governo Temer e boa parte do Congresso Nacional, as forças conservadoras do país não estão se intimidando. Nessa terça-feira, 23 de maio, o relatório do PLC 038/17 (reforma trabalhista) foi colocado em votação na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O relator, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), chegou a anunciar, no último dia 18, a suspensão do calendário de apreciação da proposta alegando crise institucional, mas logo voltou atrás. No entanto, a sessão acabou sendo suspensa por causa de protestos de populares e de parlamentares da oposição. Também nessa terça, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, anunciou que o Plenário da casa deve votar a PEC 287/16 (reforma da Previdência), na primeira quinzena de junho. 

Por isso nesta quarta-feira, 24 de maio, tem o Ocupa Brasília. O protesto é unificado. Estão juntas a CUT e demais centrais sindicais, além das Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. Caravanas de todo o país seguiram rumo à Capital Federal para lutar contra as reformas Trabalhista e da Previdência propostas pelo governo Temer. A direção do Sindsep-PE está presente no protesto. Segundo o presidente da CUT-PE, Carlos Veras, cerca de 2 mil pessoas de Pernambuco vão participar do Ocupa Brasília.

CARAVANA PE
Na última segunda, dia 22, cerca de 500 pessoas partiram de ônibus do Recife. Também saiu ônibus de Caruaru e Petrolina, além das comitivas que partiram de avião. As centrais sindicais esperam reunir mais de cem mil pessoas em Brasília. A atividade já tinha sido programada, antes mesmo do escândalo da delação premiada dos donos da JBS denunciando casos de corrupção envolvendo o presidente da República, Michel Temer.

No Seminário de Planejamento Estratégico da Condsef/Fenadsef, realizado no último final de semana, a direção da entidade, a qual o Sindsep-PE é filiado, deliberou pela participação massiva nas atividades convocadas pelas centrais sindicais para frear as reformas do governo Temer, assim como qualquer retirada de direitos da classe trabalhadora.