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Autonomia do Banco Central é mais um ataque à classe trabalhadora


A atuação do BC influencia diretamente a geração de emprego e renda dos trabalhadores uma vez que ela gere instrumentos de políticas econômicas como a taxa básica de juros

Publicado: 05/11/2020
Escrito por: Ascom Sindsep-PE


O Senado Federal aprovou, na última terça-feira (3), o projeto de lei que dá autonomia ao Banco Central (BC), por um placar de 56 votos a 12. O projeto, que estabelece mandatos de quatro anos, com direito a recondução ao cargo pelo mesmo período, do presidente e diretores da instituição, é um contrassenso no que se refere à política econômica e um ataque aos trabalhadores. Caso ele seja aprovado na Câmara dos Deputados, o BC passará a ser o formulador da política econômica do país, e não mais o governo democraticamente eleito. 

Com a alteração, o próximo presidente do Banco Central, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, terá um mandato que irá extrapolar o período do atual governo. Ou seja, ele continuará presidente do BC mesmo que um novo presidente do Brasil seja eleito e poderá promover uma política econômica contrária ao do governo.   

A atuação do BC influencia diretamente a geração de emprego e renda dos trabalhadores uma vez que ela gere instrumentos de políticas econômicas como a taxa básica de juros.   

Os juros altos, por exemplo, dificulta o crédito para que uma indústria possa se expandir e contratar trabalhadores. Seus proprietários também irão preferir investir em aplicações financeiras do que na expansão. “O sistema financeiro sempre quis essa mudança. Desta forma, o Banco Central fica ligado exclusivamente aos interesses do mercado, independente do projeto político que vença nas urnas. Isso pode ser um desastre”, disse o coordenador geral do Sindsep, José Carlos de Oliveira.   

Quando a moeda norte-americana está muito alta ao ponto de ser prejudicial ao país é o BC que entra no mercado para vender ou comprar dólares e estabilizar os preços. A desvalorização do real frente ao dólar interfere diretamente no aumento das exportações. Com isso, o mercado interno pode ficar desabastecido, como vem acontecendo atualmente, e os preços dos produtos sobem às alturas.
 

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