Autoritarismo e falta de transparência marcam a reforma administrativa

Autoritarismo e muita falta de transparência. Essas palavras resumem o processo de construção de uma proposta, que está sendo tramada dentro da Câmara dos Deputados, com o objetivo de promover um verdadeiro desmonte dos serviços públicos brasileiros.

De todos os serviços públicos! Sejam ofertados pelos municípios, estados ou União. 

Construída sob o comando autoritário do presidente da Câmara, o deputado Hugo Motta, a reforma administrativa ganhou o apoio de deputados do Centrão e da extrema direita bolsonarista. Políticos de partidos como o PL, Republicanos, PSD e União Brasil se uniram na tarefa de destruir os serviços públicos. 

E é justamente por ser uma proposta que vai prejudicar toda a população brasileira, que ela não está sendo debatida como deveria. Nem como a população, nem com as servidoras e servidores públicos. 

Para dar uma aparência de legalidade, foi criado um Grupo de Trabalho que realizou algumas audiências públicas para ouvir a “sociedade”. No entanto, a maioria das pessoas que participaram dessas audiências eram representantes da iniciativa privada e movimentos de cunho liberal. 

“Ou seja, eles tiveram a cara de pau de convocar os empresários para, juntos, destruírem os serviços públicos. O detalhe é que a iniciativa privada será a maior beneficiada com o desmonte do setor uma vez que eles vão poder oferecer serviços privados, para a população, quando não existir mais serviço público disponível”, comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 

A população e os servidores não foram ouvidos. Mas poderão lutar juntos contra a destruição do setor. No próximo dia 29 de outubro, haverá uma grande mobilização em Brasília. A Marcha Nacional do Serviço Público contra a reforma administrativa. A presença do maior número de pessoas é fundamental.  

Não é reforma administrativa. É a destruição dos serviços públicos!

Marcha Nacional do Serviço Público

Dia: 29 de outubro (quarta-feira)
Hora: Concentração às 9h
Local: Museu Nacional – Brasília (DF)
Percurso: Rumo ao Palácio do Planalto