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Bolsonaro ataca servidores e o serviço público. A resposta virá com a categoria na Greve Geral


Assembleias, reuniões e debates devem ser realizadas nos diversos locais de trabalho e onde mais for possível, para convencer mais e mais pessoas a participarem da mobilização

Publicado: 03/05/2019

Servidores, professores e estudantes das universidades brasileiras estão construindo o Dia Nacional de Luta pela Educação e farão uma paralisação no próximo dia 15 de maio em todo o País. Assembleias e debates estão sendo realizados nas diversas instituições de ensino. Enquanto isso, a CUT e as demais centrais sindicais estão convocando todos os trabalhadores brasileiros para participarem dessa mobilização como preparação para a greve geral, que acontecerá no dia 14 de junho em defesa da Previdência pública e contra os desmandos do governo Bolsonaro. 

Assembleias, reuniões e debates devem ser realizadas nos diversos locais de trabalho e onde mais for possível, para convencer mais e mais pessoas a participarem da mobilização. E a categoria dos servidores públicos será fundamental para esse movimento. 

Em março, a Condsef/Fenadsef participou do lançamento da Campanha Salarial Unificada. Naquele momento, entidades entregaram ao diretor do Departamento de Relações do Trabalho no Serviço Público Federal, Cléber Izzo, uma pauta com 22 pontos defendidos pelos fóruns, Fonasefe e Fonacate. O documento incluiu correção salarial com índice próximo de 33%, calculado por Dieese e Sinal, que deveria ser aplicado até janeiro de 2020. Entretanto, como resposta, o governo anunciou o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2020, proibindo o reajuste de servidores públicos federais. 

E foram além. De acordo com fontes do Ministério da Economia, o governo estaria estudando formas de por fim ao reajuste linear dos salários, garantido na Constituição Federal para compensar a inflação. O valor do reajuste passaria a ser diferenciado por categoria ou por funcionário, a partir de avaliação feita pelo cidadão ao utilizar o serviço público.

“O reajuste linear, acompanhando a inflação, é garantido pela Constituição há 30 anos. É o reajuste mínimo que qualquer governo tem obrigação de dar. Mas eles querem destruir o serviço público. E se a gente não se unir e se mobilizar, eles podem conseguir”, destacou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.  O governo já defendeu também o reajuste de apenas 1%, pelos próximos dez anos, para os servidores federais. 

Concursos públicos também estão sendo proibidos para 2020. Dos cerca de 650 mil servidores do Executivo em atividade, 50% devem se aposentar até 2021. Nos últimos dois anos mais de 215 mil servidores se aposentaram e mais de 100 mil ainda atuam recebendo o chamado abono permanência. Sem reposição dessa força de trabalho, o Estado será desmontado e brasileiros ficarão sem atendimento. Mas a intenção do Governo é repassar os serviços públicos para empresas privadas.

Desmonte

Desde que tomaram posse em 1º de janeiro, Bolsonaro e sua equipe vêm prejudicando o serviço público. Ao completar 100 dias de gestão, o Ministério da Economia, Paulo Guedes, declarou ter arrecadado US$ 12,1 bilhões em privatizações, concessões e desinvestimentos. O detalhe é que, em 2018, os cinco principais grupos estatais brasileiros (Petrobras, Eletrobras, CEF, BB e BNDES) deram um lucro de cerca de R$ 70 bilhões ao Brasil. Enquanto isso, Paulo Guedes quer arrecadar R$ 75 bilhões com a venda de todas as estatais que puder vender. Ou seja, quer vendê-las para arrecadar apenas o que os cinco principais grupos estatais dão de lucro em apenas um ano. 

Assembleias

O Sindsep-PE já está fazendo a sua parte no que se refere a mobilizar a sua base contra o desmonte da Previdência pública. O sindicato vem realizando assembleias nos órgãos para discutir, dentre outros pontos de pauta, os impactos desse desmonte na vida dos trabalhadores e, em especial, dos servidores federais. A atividade já foi realizada na Funai, no Incra, na Fundaj e na Funasa. Para esta semana estão previstas assembleias na SFA e no IF de Belo Jardim, ambas na quarta-feira, dia 8, nos respectivos órgãos. Na SFA a assembleia está marcada 9h30 (primeira convocação) e 10h (segunda convocação), equanto que no IF de Belo Jardim será às 14h30.

*Com informações da CUT e Condsef/Fenadsef

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