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SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO
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Publicado: 01/08/2019
Escrito por: Ascom Sindsep-PE
Como se não bastasse os cortes em investimentos realizados pelo presidente Bolsonaro em diversos ministérios nesses primeiros seis meses de gestão, o governo federal anunciou, na última terça-feira (30), um novo corte orçamentário, no valor de R$ 1,44 bilhão, decisão publicada em edição extra do Diário Oficial da União. As três pastas mais afetadas com o novo contingenciamento são Cidadania, com um corte de R$ 619.166.109 retidos. Depois vem Educação, que perdeu R$ 348.471.498, e, em seguida, Economia, com R$ 282.574.402.
Embora esteja em segundo lugar dessa vez, a Educação foi a área que mais sofreu cortes desde o início do ano, totalizando R$ 6.182.850.753. O corte atinge principalmente a educação básica, as universidades e institutos federais. Isso só mostra a intenção do atual governo de acabar com o ensino superior gratuito e privatizá-lo. Os reitores das universidades públicas falaram que terão que demitir os vigilantes que fazem a segurança dos campis e também cortar o material de escritório. Isso é só uma demonstração do desmonte que Bolsonaro vem realizando.
Jair Bolsonaro, em coletiva à imprensa, ainda debochou dos novos cortes e chamou o valor de “merreca”, mostrando desprezo pelo contingenciamento anunciado. A medida é vista preocupação por especialistas em educação, como o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara. Em entrevista à revista Carta Capital, o educador afirmou que a falta de investimento na área esvazia as obrigações da União com o direito à educação.
Para o secretário geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo (foto), Bolsonaro está mostrando a que veio, um governo mão de tesoura. “Esse não vai ser o último corte que Bolsonaro irá fazer nas pastas. É preciso convocar os servidores públicos para a grande manifestação do próximo dia 13 em defesa da educação, contra esse corte esdrúxulo que o governo vem realizando”, destacou, se referindo ao Dia Nacional de Mobilização, que também será contra a reforma da Previdência.
O ato do dia 13 vai dar continuidade aos protestos realizados em maio – dias 15 e 30 –, quando houve manifestações em mais de 200 cidades contra os ataques à educação, com a participação de sindicatos, estudantes e movimentos sociais.