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Bolsonaro irá investir, em 2020, o menor valor dos últimos 13 anos no setor público


Os investimentos previstos no Orçamento de 2020 devem cair para a faixa de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões. Em 2014, o Governo Dilma Rousseff promoveu um investimento de R$ 103,2 bilhões

Publicado: 29/08/2019


O governo Bolsonaro pretende reduzir ainda mais os investimentos públicos no ano de 2020. Os investimentos previstos no Orçamento de 2020 devem cair para a faixa de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões, o menor patamar desde o início da série do Tesouro Nacional em 2007. O valor representa uma queda de até 40% em relação a 2019. A iniciativa vai na contramão das necessidades da sociedade brasileira por mais investimentos nos serviços públicos.

Importante lembrarmos que em 2014, um ano depois que os brasileiros saíram às ruas do país exigindo mais recursos para o setor público, o Governo Dilma Rousseff promoveu um investimento de R$ 103,2 bilhões, considerado o maior da série histórica. Ou seja, em comparação a 2014, Bolsonaro poderá investir R$ 78 bilhões a menos no setor público brasileiro.

“Isso é um absurdo. Já em 2013, as pessoas pediam mais recursos para o setor público e começaram a ser atendidas em 2014. Mas depois do golpe, os recursos passaram a ser cortados com o objetivo de enfraquecer o setor e privatizar o que puderem. Quem mais sofrerá com isso são os servidores públicos e a população que utilizam os serviços e não podem pagar por serviços privados”, comentou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.

A Emenda Constitucional 95, aprovada no governo de Michel Temer, congelou os investimentos públicos pelos próximos 20 anos. Segundo a secretária de administração da Condsef/Fenadsef, Jussara Griffo, a decisão é uma estratégia muito bem articulada, pensada a longo prazo, para esvaziar de vez o serviço público e forçar privatizações em massa que já estão sendo anunciadas.

Em um país em que o salário mínimo é de R$ 998 e a média da renda por pessoa é de R$ 1.373, os serviços públicos são fundamentais para amparar a população. Se hoje o setor público apresenta complicações e defasagens, há de se culpar única e exclusivamente a ausência de investimentos do Estado, que resulta em uma população desamparada, empobrecida, desassistida.      

Por outro lado, se grande parte dos investimentos do Estado são destinados ao pagamento de pessoal, não é porque há trabalhadores demais na União. É porque há investimento de menos em todo o setor. Aí o governo paga apenas o que é obrigado. 

E enquanto reduz recursos, o governo Bolsonaro vem realizando uma verdadeira caça às bruxas no serviço público com perseguições a servidores concursados e demissões de ocupantes de cargos de confiança que considera contrários aos seus interesses. 

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