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Bolsonaro se vê enredado em denúncias de corrupção antes de assumir a Presidência


O futuro presidente e seu filho terão que explicar como seus funcionários movimentavam uma quantia tão grande em dinheiro

Publicado: 07/12/2018

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil


Enquanto ameaça a retirada de ainda mais direitos dos trabalhadores brasileiros, ao pregar o fim do Ministério do Trabalho (MTb), Jair Bolsonaro (PSL) se vê enredado em uma teia de denúncias de corrupção mesmo antes de assumir a Presidência do Brasil. 

Primeiro descobriu-se que Fabrício Queiroz, ex-motorista e policial militar do futuro senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente eleito, movimentou R$ 1,2 milhão em suas contas bancárias apenas no ano de 2016. Uma movimentação muito atípica para um motorista, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Além disso, em uma das operações analisadas pelo Coaf, um cheque de R$ 24 mil teve como destinatária a futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.  

Em seguida, descobre-se que o documento cita movimentações entre contas de Fabrício e de sua filha, Nathalia Melo de Queiroz. Nathalia é nada menos que ex-assessora do próprio Jair Bolsonaro. Ela foi nomeada em dezembro de 2016 para trabalhar como secretária parlamentar no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara. O Coaf encontrou um valor de R$ 84 mil na conta de Nathalia. 

A relação do pai, Fabrício Queiroz, é bem mais antiga. Ele foi funcionário de Flávio Bolsonaro por 11 anos, desde 2007. Há 15 anos, no entanto, ele recebeu moção de louvor e congratulações de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio. Três anos depois, a Assembleia concedeu a Fabrício Queiroz, a medalha de mérito Pedro Ernesto, principal honraria concedida pela cidade do Rio, a pedido do outro filho, Carlos Bolsonaro. 

Estranhamente, no último dia 15 de outubro, tanto Fabrício , quanto a sua filha, foram exonerados. A relação dos Queiroz com os Bolsonaro é muito semelhante à relação de grande intimidade entre outros caixas 2 de políticos brasileiros, a exemplo da relação de Paulo César Farias (PC Farias) com Fernando Collor. 

Resta saber como se comportará a Polícia Federal nesse caso. Qual será a iniciativa da Justiça brasileira? 

E Sérgio Moro? O que fará? Ele irá comandar o Coaf e a PF a partir de 1º der janeiro. Pedirá uma investigação ou irá jogar tudo para debaixo do tapete?

 

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