Este website utiliza cookies
Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência, otimizar as funcionalidades do site e obter estatísticas de visita. Saiba mais
SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO
(81) 3131.6350 - sindsep@sindsep-pe.com.br
Publicado: 04/12/2025
Do Brasil 247
O desempenho recente da economia brasileira, ainda que marcado por desaceleração no terceiro trimestre, não deve alterar a posição do país no ranking das maiores economias do planeta até o fim da década. A estimativa aparece nas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), que indicam o Brasil estabilizado na 10ª colocação até 2030.
O FMI revisou em outubro suas expectativas para os próximos anos, elevando a projeção de crescimento do Brasil em 2025. O país, que figurava na nona posição em 2023, caiu para o décimo lugar em 2024, movimento explicado por variações cambiais e pela dinâmica econômica de outros países.
O ranking elaborado pelo Fundo combina dados atuais e projeções de Produto Interno Bruto (PIB) — soma de todos os bens e serviços produzidos — com tendências cambiais de quase todas as economias do mundo. O levantamento detalha a chamada “corrida dos PIBs” até 2030, último ano para o qual o organismo apresenta previsões.
Revisões globais após tensões comerciais
O cenário econômico internacional sofreu impacto direto da guerra comercial deflagrada em abril pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A ofensiva tarifária levou o FMI a reduzir as estimativas de crescimento global para 2025 e 2026 em sua revisão de primavera no Hemisfério Norte.
Já em outubro, o Fundo ajustou levemente para cima a projeção para 2025: de 3%, prevista em julho, para 3,2%. Para 2026, a estimativa de 3,1% foi mantida. Apesar da melhora pontual, os economistas do FMI destacaram que a ausência de acordos comerciais consistentes mantém elevado o nível de incerteza, freando investimentos e, consequentemente, o avanço econômico mundial.
Brasil revisa para cima em 2025, mas reduz projeção para 2026
No caso brasileiro, a projeção de crescimento do PIB para 2025 subiu para 2,4%, ante os 2,3% previstos anteriormente. O ajuste reflete, em parte, o desempenho surpreendente do primeiro trimestre de 2024, impulsionado por uma safra agrícola recorde.
Mesmo assim, o relatório do FMI alerta que “já surgem sinais de moderação em meio a políticas monetária e fiscal restritivas”, indicando um ritmo mais lento à frente. Para 2026, o crescimento projetado caiu de 2,1% para 1,9%.
Estados Unidos e China seguem na liderança
A maior economia do mundo, os Estados Unidos, teve suas previsões revistas para cima: de 1,9% para 2% em 2025 e de 2% para 2,1% em 2026. Segundo o FMI, tarifas efetivas menores do que as inicialmente anunciadas criaram condições financeiras mais favoráveis, reduzindo parte da volatilidade esperada.
Para a China, segunda colocada no ranking, as estimativas de expansão permanecem inalteradas: 4,8% em 2025 e 4,2% em 2026. As projeções refletem a adaptação gradual do país às novas tensões no comércio internacional.
Brasil, Itália e Canadá disputam últimas posições do “top 10”
As projeções até 2030 mostram Brasil, Itália e Canadá alternando-se nas últimas posições entre as dez maiores economias. Italianos e canadenses oscilam entre oitavo e nono lugares, com o Brasil logo atrás.
Apesar da proximidade no ranking, a renda média desses países segue bastante desigual. O FMI calcula que, em 2024, o PIB per capita do Canadá foi de US$ 54.473, enquanto a Itália registrou US$ 40.224. O Brasil, por sua vez, alcançou apenas US$ 10.214, ficando muito distante de seus concorrentes diretos.
Mesmo assim, nenhum dos dois — Itália e Canadá — figura entre os dez países mais ricos do mundo quando considerado somente o PIB per capita. Essa lista é liderada por Luxemburgo, pequeno centro financeiro europeu, cujo indicador chega a US$ 138.634.
Renda brasileira atrás de outros emergentes
O relatório também evidencia que o Brasil continua em desvantagem quando comparado a outras economias emergentes. Países como Chile, México, Rússia e Malásia apresentam desempenho mais robusto em renda per capita, mantendo vantagem frente ao mercado brasileiro.