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Brasileiros estão de olho em candidatos que priorizam saúde e educação, diz pesquisa


Estudo mostra que pandemia impacta nas prioridades dos eleitores e escolha de candidatos não vai levar em conta temas que fizeram sucesso em 2018 como a pauta dos costumes

Publicado: 29/10/2020
Escrito por: CUT Brasil

Este ano, os 148 milhões de brasileiros aptos a votar vão às urnas escolher novos prefeitos e vereadores com prioridades claras nas areas de saúde e educação. Eles não estão nada interessados nas pautas dos costumes e nova política, sucesso nas eleições de 2018, que nenhum resultado prático trouxe para suas vidas. 

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) é a principal razão dessa postura mais pragmática. A crise sanitária mais grave do século expôs as deficiências na infratestrutrura e políticas públicas e sociais do país, especialmente nas áreas da saúde, que não tinham equipamentos para atender tantos pacientes, e da educação, que passou a dar aulas remotas só para alunos com acesso a wi-fi, computador e celular. Milhares ficaram de fora. 

De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva, em parceria com a escola de formação política RenovaBr, a saúde é o item mais relevante para os eleitores que estão de olho nos candidatos que apresentam propostas para essa área em suas campanhas de rua, rádio e TV.  O tema foi apontado por 16% dos entrevistados que responderam a pergunta  “o que esperam do candidato a prefeito”. 

O segundo tema mais importante apontado pelos eleitores também se refere à saúde. O combate à Covid-19 é prioridade para 12% dos entrevistados. Na sequência aparecem a educação (9%) e a geração de empregos (5%). O resultado também mostra que 25% dos eleitores ainda não sabem o que esperar de seus candidatos. 

A pandemia trouxe um senso de urgência do que é prioridade e do está ligado diretamente ao cotidiano das pessoas neste momento, diz Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva. “O eleitor quer, principalmente numa eleição municipal, representantes que resolvam problemas, quer serviços públicos eficientes, quer ser atendido nas suas necessidades”. 

O fato de a educação estar entre as prioridades citadas na pesquisa reforça essa análise. Segundo Meirelles, o eleitor está mais maduro, “há uma consciência cada vez maior de que a melhor maneira de combater a obscena desigualdade brasileira é o acesso a uma educação universal de qualidade. É isso que vai fazer as pessoas caminharem com as próprias pernas, é isso que vai lhes proporcionar a chance de uma vida digna, de independência financeira, de progresso. A educação é transformadora”, diz. 

“As pesquisas indicam que a percepção do eleitor é de estagnação ou de piora em áreas-chave como segurança, transporte, saúde,  educação, serviços de zeladoria. Ou seja, o desafio de futuros prefeitos e vereadores é imenso: eles têm de conquistar o voto de um eleitor insatisfeito e depois reverter essa insatisfação honrando o mandato que lhes foi dado”, afirma Meireles.

FONTE: INSTITUTO LOCOMOTIVA/RENOVABRfonte: Instituto Locomotiva/RenovaBR

O resultado da pesquisa vai de encontro ao conteúdo da Plataforma da CUT – Eleições 2020, que destacou as pautas de interesse mais imediato do trabalhador e da trabalhadora, entre elas, emprego e renda, saúde e educação, avalia a Secretária-Geral da CUT, Carmen Foro. 

“Nossa Plataforma para as eleições, elaborada com o objetivo de mostrar aos candidatos o que os trabalhadores, que são a maioria dos eleitores, querem dos candidatos, está em sintonia com os resultados da pesquisa. Sabemos o que nossa base anseia e necessida e pelo que vamos luta para conquistar”, diz a dirigente. 

Carmen explica que as diretrizes da Plataforma nas áreas de saúde, educação, mobilidade urbana, condições de vida dignas, além de serem um parâmetro para os trabalhadores analisarem as propostas dos candidatos, servem também para os próprios candidatos conhecerem o que os eleitores esperam de prefeitos e vereadores.

“É simples. O candidato que tem interesse real em defender e melhorar a vida das pessoas na cidades, segue a cartilha da classe trabalhadora. E a pesquisa do Locomotiva mostra que as propostas da CUT são aquelas que os eleitores vão  priorizar  nessas eleições”, afirma Carmen Foro.

A Secretária-Geral da CUT também reforça que esse é o papel da central. “A CUT tem uma história de defesa dos direitos da classe trabalhadora e cumpre com a sua responsabilidade desde 1983 [ano de fundação da CUT] também orientando os trabalhadores na escolha de políticos que os representem de verdade”. 

Um dos períodos de maior prosperidade na história recente do Brasil, foi justamente a eleição de um operário à Presidência da República. “O Brasil se tornou o Brasil dos trabalhadores com Lula, com políticas que protegeram os mais vulneráveis, com a erradicação da fome, com o pleno emprego; na educação, nunca tivemos tantos jovens com acesso às universidades. Isso é o que o povo precisa. Isso é a que a CUT defende”, pontua Carmen Foro. 

Ainda sobre a Plataforma da CUT para as eleições, o presidente do Instituto Locomotiva considera que “se a proposta da CUT, as pesquisas da Locomotiva e de outros institutos servirem de guia para os candidatos, teremos representantes com bagagem para exercerem seus mandatos com consciência”.

Veja aqui a íntegra da pesquisa A Política pelo Olhar dos Brasileiros – as demandas da população para o Brasil e as eleições

Perfil ideológico
Renato Meirelles também aponta um aspecto da pesquisa, que se refere ao perfil ideológico dos eleitores. De acordo com ele, o instituto Locomotiva fez uma pesquisa pouco antes do início da campanha eleitoral sobre o tema. A pesquisa mostrou que 6 em cada 10 brasileiros se dizem de centro ou indefinidos do ponto de vista ideológico. 

“Isso é bom porque temos uma massa de eleitores dispostos a ouvir, a debater, a se guiar pelo bom senso, ou seja, há espaço para consenso”, afirma o presidente do Instituo Locomotiva.

Metodologia
A pesquisa foi realizada entre os dias 31 de julho e 7 de agosto. Foram entrevistadas 2.500 pessoas com 16 anos ou mais, homens e mulheres, das classes A, B, C e D, em 72 cidades de todas localizadas em todas as 27 unidades da Federação.

Edição: Marize Muniz

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