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Câmara aprova desmonte da Previdência e população se manifesta


Nesta sexta-feira (12), milhares de trabalhadores e estudantes estarão em Brasília. A ideia é mostrar aos senadores que os nomes dos políticos que votarem a favor da reforma jamais serão esquecidos pelos trabalhadores

Publicado: 11/07/2019

Depois de comprar os deputados federais liberando R$ 2,5 bilhões em emendas antes da votação, o governo Bolsonaro conseguiu a aprovação do desmonte da Previdência pública. Foram 379 votos a favor e apenas 113 contrários. Entre os que querem ver a morte dos trabalhadores antes de conseguirem se aposentar estão 14 deputados pernambucanos (ver lista acima). Nenhum deles merece o voto da classe trabalhadora. E seus nomes jamais serão esquecidos. Entre os que foram contrários a reforma estão 11 pernambucanos.  

A proposta de “reforma” de Bolsonaro ainda deverá passar por segunda votação na Câmara, o que acontece mais como uma formalidade. Isso porque na grande maioria das vezes a votação no segundo turno confirma a primeira. Ainda mais quando a primeira tem uma votação tão alta. 

No entanto, em seguida, o projeto será encaminhado ao Senado. É aí onde mora a última esperança dos trabalhadores. “Voltaremos toda a nossa atenção ao Senado agora. Nesta sexta-feira (12), milhares de trabalhadores e estudantes estarão em Brasília. A ideia é mostrar aos senadores que os nomes dos políticos que votarem a favor da reforma jamais serão esquecidos pelos trabalhadores”, comentou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 

Caso o desmonte seja aprovado, a principal mudança acontecerá no tempo de contribuição, que passa a ser de 15 anos para as mulheres e 20 anos para os homens da iniciativa privada e 25 anos para os servidores e servidoras públicas. No entanto, para receber o valor integral da média dos salários, o contribuinte terá que trabalhar por 40 anos. A regra irá dificultar em muito a aposentadoria de grande parte dos trabalhadores. 

“Por isso, fala-se em desmonte da Previdência pública. Muitos trabalhadores não irão querer contribuir com ela e farão planos privados junto aos bancos, os maiores beneficiados com as mudanças. Dessa forma, a Previdência pública será esvaziada”, explicou o secretário geral do Sindsep-PE, José Felipe Pereira. 

A “nova” aposentadoria também irá reduzir os valores pagos aos contribuinte. O cálculo da aposentadoria terá uma regra só para todos os trabalhadores, da iniciativa privada e servidores. Atualmente, quem se aposenta na integralidade passa a receber um valor equivalente ao seu último salário. Mas agora o valor da aposentadoria será de 60% da média salarial mais 2% por ano de contribuição que exceder 20 anos. Com isso, a aposentadoria integral só será possível aos 40 anos de contribuição. 

Enquanto isso, o destaque nº 138, que tributaria fortunas, heranças, lucros e dividendos, foi rejeitado pelos deputados. Esses tributos seriam responsáveis por arrecadar R$ 142 bilhões ao ano. Mas não existe interesse em cobrar de quem pode pagar ou dos devedores da Previdência. A ideia é fragiliza-la ainda mais para beneficiar os bancos.  
 

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