Câmara aprova extinção dos ministérios do Trabalho e Cultura. A luta continua no Senado

Da Ascom Sindsep-Pe

A Câmara dos Deputados aprovou mais uma derrota para os trabalhadores brasileiros proposta pelo governo Bolsonaro. Em votação realizada nessa quarta-feira (22), os parlamentares mantiveram a extinção do Ministério do Trabalho, rejeitando a recriação proposta pelos partidos de esquerda. Também rejeitaram a recriação do Ministério da Cultura, extinto por Bolsonaro. Agora o debate terá início no Senado. Lá, o projeto deve ser votado até o dia 3 de junho e as extinções ainda podem ser revistas. 

O Ministério do Trabalho concentrava as funções de elaborar políticas para a criação de empregos e renda, modernizar as relações do trabalho, fiscalizar os postos, desenvolver e proteger os trabalhadores, incentivar a economia solidária, cuidar do FAT e intermediar negociações e acordos entre empregadores e empregados. Mas a quem interessa o seu fechamento? Em entrevistas, Bolsonaro chegou a dizer que o Ministério atrapalhava a economia. Na verdade, ele se referia a economia dos empresários. São os maus empresários que já possuem ou os que ainda irão instalar suas empresas no Brasil os únicos a lucrar com o fim do Ministério. 

“Dissolver as atribuições do Ministério do Trabalho em diversas pastas, sem a adoção de medidas de compensação democrática, retira o principal fórum em que é promovida a interlocução entre trabalhador, empregadores e Estado, essencial à garantia do equilíbrio das relações de trabalho. A MP ainda passará pelo Senado. vamos continuar lutando pela recriação do Ministério”, comentou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.

Já a extinção do Ministério da Cultura é mais uma prova de como a atual gestão teme um povo brasileiro instruído e consciente de seus direitos e deveres. A arte promove a reflexão e estimula o pensamento. Por isso, a campanha existente no Brasil de hoje contra ela. O mesmo aconteceu nos governos fascistas que tivemos pelo mundo. Não é a toa que Bolsonaro também cortou cerca de 30% dos recursos destinados a universidades.