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Centrais sindicais vão às ruas contra a reforma da Previdência de Jair Bolsonaro


A CUT está preparando uma série de ações para unir a classe trabalhadora contra um dos maiores ataques da história do Brasil ao seu povo

Publicado: 18/02/2019

Da Ascom Sindsep-PE

Envolvido em diversos escândalos de corrupção desde o seu início, o governo Jair Bolsonaro (PSL) já nasceu velho. Enquanto aparece um escândalo após o outro, a equipe econômica trabalha para acelerar a votação de um modelo de reforma da Previdência que será o pior já proposto ao povo trabalhador brasileiro. Mas os trabalhadores não ficarão de braços cruzados. A CUT está preparando uma série de ações para unir a classe trabalhadora contra um dos maiores ataques da história do Brasil ao seu povo. 

Amanhã (20/02), haverá uma Assembleia Nacional, a partir das 10h, na Praça da Sé, no centro de São Paulo, com trabalhadores de diversas categorias de todo o País. Na ocasião, será definido um plano de lutas unitário contra a proposta de reforma. O Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) da Condsef/Fenadsef, reunido na última sexta-feira, 15, em Brasília, aprovou a participação dos servidores federais nos atos que acontecem em todo o País. 

O Sindsep-PE convoca todos os servidores federais a participarem da aula pública sobre a Reforma da Previdência que a CUT e demais centrais prepararam para a população. A aula acontecerá às 16h, na Praça da Independência (Praça do Diário). A decisão sobre o ato foi tomada na última sexta-feira (15), durante reunião ampliada das centrais, na sede do Sinpol. Outras ações descentralizadas, como atos, assembleias, panfletagens e diálogo com a base, também irão ocorrer no mesmo dia ou em outros dias em diversos outros estados.

“As centrais sindicais, com apoio dos movimentos sociais, estudantis e partidos políticos de esquerda, estão unidas em Defesa da Previdência Pública e contra o fim da aposentadoria. Acabando com a aposentadoria pública, eles querem deixar a população dependente dos planos privados de previdência. Ou seja, a maioria da população brasileira ficará desassistida”, destacou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.     

Caso a proposta da reforma da Previdência de Bolsonaro seja aprovada, muitos brasileiros trabalharão até morrer ou se aposentarão recebendo uma miséria de salário. Os mais prejudicados serão os que ganham menos, tem uma expectativa de vida mais baixa, entram no mercado mais cedo e em profissões que exigem mais esforço físico. O modelo afetará, principalmente, a população dos municípios de pequeno porte, que dependem fortemente da renda das aposentadorias de seus moradores. 

A proposta é ainda pior da que foi enviada por Michel Temer (MDB) ao Congresso. Ela prevê a obrigatoriedade de idades mínimas para aposentadoria de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres. As idades são as mesmas propostas por Temer, mas o período de transição da nova proposta é de 12 anos, portanto menor do que o de Temer, de 20 anos. Isso prejudica mais os trabalhadores e as trabalhadoras porque as novas regras para se aposentar ficarão mais rígidas em período mais curto. A proposta deverá ser enviada ao Congresso nacional na próxima quarta-feira (20). 

O Governo dos escândalos

Enquanto tenta aprovar a reforma da Previdência contra o trabalhador,  o governo Bolsonaro se vê envolvido em uma série de escândalos. Mesmo antes do início do governo, descobriu-se que Jair Bolsonaro (PSL) e seu filho, Flávio Bolsonaro (PSL), estariam envolvidos em lavagem de dinheiro por meio do ex-assessor Fabrício Queiroz. A esposa de Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, chegou a receber um cheque de R$ 24 mil em sua conta, depositado pelo próprio Queiroz. Em seguida, tornaram-se públicas as ligações de Flávio com milicianos que estariam envolvidos com o assassinato de Marielle Franco. 

Depois, soubemos que o uso de laranjas para transações com dinheiro público era o modus operandi do PSL. Várias candidatas mulheres repassaram boa parte dos recursos públicos de suas campanhas para empresas de pessoas ligadas ao presidente do partido, Luciano Bivar, e ao ministro do Turismo e deputado federal do PSL, Marcelo Álvaro Antônio. 

A crise da hora envolve o filho do meio do presidente, Carlos Bolsonaro, e o ex-presidente do PSL e atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebiano, que foi um dos principais coordenadores da campanha de Bolsonaro e seria um dos comandantes do laranjal. 

Agora, o presidente eleito pensa em se desfiliar do PSL e ingressar em outro partido, como se isso apagasse tudo o que ele articulou durante a campanha. 

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