SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO

(81) 3131.6350 - sindsep@sindsep-pe.com.br

Home | Notícias

Coletivo das Três Esferas lança carta aberta denunciando reforma Administrativa


A reforma Administrativa tem como principal objetivo promover o desmonte dos serviços públicos para atender aos interesses da classe empresarial brasileira

Publicado: 02/09/2025

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A reforma Administrativa encabeçada pelo presidente da Câmara Federal, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), tem como principal objetivo promover o desmonte dos serviços públicos para atender aos interesses da classe empresarial brasileira.

Para denunciar o seu caráter nocivo, o Coletivo das Três Esferas – que reúne entidades representativas dos servidores públicos federais, estaduais e municipais – lançou uma carta aberta à população alertando contra uma operação ensaiada entre a cúpula do Congresso Nacional, os grandes meios de comunicação e a elite econômica para promover o desmonte do Estado brasileiro e se apropriar do orçamento público.  

Não é à toa que a proposta de reforma está sendo encabeçada pelo presidente da Câmara Federal, o deputado Hugo Motta, em parceria com políticos de direita e extrema direita. Políticos que têm suas campanhas financiadas pelo sistema financeiro brasileiro e grandes empresários. 

Importante destacar que a proposta de reforma foi elaborada com o apoio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Federação do Comércio de Bens e de Serviços (Fecomercio). Por outro lado, não houve debate com os servidores públicos e com a sociedade civil. 

Leia a íntegra do documento AQUI:
 

Uma operação ensaiada que une a cúpula do Congresso Nacional, os grandes meios de comunicação e os interesses das elites com um objetivo: abrir caminho para se apropriar dos recursos públicos que servem a população e desmontar o Estado brasileiro. 

O editorial da Folha de S.Paulo de 24 de agosto tenta apresentar como “modesta” e “válida” a proposta de Reforma Administrativa que nasce deste Congresso. Fala em disciplinar supersalários, em meritocracia e em eficiência, mas silencia sobre os verdadeiros privilégios blindados: os penduricalhos de militares, os gastos milionários dos parlamentares e o custo bilionário das emendas secretas que hoje devoram o orçamento público. 

O que a imprensa faz é tentar legitimar o desmonte social, normaliza a retirada de direitos, tratando a estabilidade como “anomalia” quando, na verdade, ela é uma proteção, uma garantia institucional contra a corrupção, o clientelismo e a captura privada do Estado. 

O deputado Hugo Motta (Republicanos/PB) agora anuncia nas rede sociais uma “Comissão” para o dia 3/9, em sintonia com o coordenador do grupo de trabalho, Pedro Paulo (PSD/RJ). Quer fazer tudo a toque de caixa, sem debate real com a população, repetindo o roteiro da PEC 32/2020. 

O mesmo Congresso que derrubou vetos e aumentou a conta de luz da população em bilhões se coloca como “defensor do cidadão”, mas na prática defende os interesses do capital financeiro e de corporações empresariais que querem lucrar com a privatização da saúde, da educação e da previdência. É mesmo o Congresso que, em junho de 2025, derrubou as novas regras do IOF propostas pelo governo Lula para equilibrar o orçamento e taxar Bilionários, Bancos e Bets, numa jogada conduzida por Hugo Motta que expôs a aliança do centrão com o mercado financeiro. 

A medida desencadeou uma onda de críticas nas redes sociais, com a campanha “Congresso Inimigo do Povo” e a denúncia de que “Hugo Nem-se-importa”, retratando o presidente da Câmara como símbolo de um Legislativo que legisla contra os interesses da população.



« Voltar


Receba Nosso Informativo

X