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Colóquio Brasil: estado de exceção está sendo um dos pontos altos do Fórum Mundial Social


A atividade, que reúne nomes como o do jornalista francês, Ignácio Ramonet, e do sociólogo português, Boaventura de Souza Santos, está sendo um dos pontos altos da programação dessa quarta-feira

Publicado: 14/03/2018

Da Ascom Sindsep-PE

O  Colóquio Brasil: estado de exceção, desigualdades, fragilidade democrática e poder das elites está sendo um dos pontos altos da programação dessa quarta-feira, 14, do Fórum Social Mundial 2018. A atividade está ocorrendo na UFBA, campus Ondina e reúne nomes como o do jornalista francês, Ignácio Ramonet, e do sociólogo português, Boaventura de Souza Santos.

Ignácio Ramonet iniciou a atividade com o debate “Tutelando as democracias: mídia, poder e manipulação”. Ele falou de como a mídia internacional trabalha a formação da opinião pública e modifica os pilares da democracia a partir da criação de uma realidade que não existe. Para Ramonet, comunicação de massa pressupõe pluralidade de informações e alcance a todos. Por isso a mídia burguesa não faz comunicação de massa, pelo contrário, atua como um quarto poder.

Para o jornalista, o quarto poder fiscaliza e manipula os demais (Legislativo, Executivo e Judiciário). “Não dá golpe, mas favorece. Mobiliza a burguesia que ocupa as ruas. Não faz isso em nome do bem da sociedade, mas com o objetivo de ser um ator político”, afirmou.

Ainda na parte da manhã teve debate sobre a judicializacão da política e politização da Justiça. A professora da UFRJ, Carol Proner, acredita que o Brasil está sendo usado como laboratório. Para ela, o Judiciário brasileiro sempre foi elitista e punitivista. “Mas nesse momento de golpe, o poder está vivendo o colapso.” Questionada pelo público sobre o que achava da greve dos juízes pela manutenção do auxílio moradia, ela disparou: “É bom que essas coisas aconteçam para ficar evidente quem está defendendo os privilégios”.

O terceiro debate da manhã foi “Desigualdades: quais, por que, até quando?”. Para falar sobre o assunto, a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz e ex-ministra do Governo Dilma, Tereza Campello. Tereza acredita que os governos do PT avançaram bastante no combate às desigualdades e reduziram, praticamente a zero, a fome no Brasil.  “Convivemos mais de 500 anos com a fome como algo natural”, sublinhou. 

Tereza afirmou que o Brasil avançou em várias frentes. Ela trouxe dados importantes sobre educação que mostram mais jovens na escola, inclusive negros. Sem falar no acesso ao ensino superior. “O avanço do Brasil não foi apenas no consumo, como dizem (setores conservadores)”.

A pesquisadora informou que os dados relacionados aos avanços obtidos pelo Brasil, nos governos em questão, são de fontes oficiais como o IBGE e Banco Mundial. Por isso, os meios de comunicação não conseguem apaga-los das mentes dos brasileiros, apesar de os divulgar de forma distorcida. Para ela, o golpe a democracia só seria vitorioso se conseguissem apagar esses avanços e destruir essas conquistas. “Eles ainda não foram vitoriosos, por isso precisamos resistir”.

No início da tarde, a ex-ministra das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos do governo Dilma, Nilma Lino Gomes, falou do racismo, violência, discriminação e ataque aos direitos homanos no Brasil do golpe. 

DESAFIOS DA ESQUERDA

Um dos debates mais aguardados do segundo dia do Fórum irá reunir no final da tarde de hoje, a partir das 17h, Boaventura de Souza Santos, o professor da Universidade de La República do Uruguai, Gerardo Caetano, o coordenador nacional do MTST e pré-candidato a Presidência do Brasil pelo PSOL, Guilherme Boulos, e o diretor do Instituto Marco Aurélio Garcia, Luiz Dulci. Eles abordarão o tema: Um diálogo sobre os desafios da esquerda: a luta pela unidade num futuro incerto. Ao final do evento, haverá o lançamento do livro de Boaventura: Esquerdas do MUndo, Uni-vos.  
 

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