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Com pandemia, negociação do ACT da Ebserh pode ficar para janeiro de 2021


Os trabalhadores julgaram que, diante do quadro atual de pandemia do novo coronavírus, não haveria tempo hábil para se debater um acordo que envolve 65 cláusulas e muita discordância

Publicado: 03/07/2020


A Comissão Nacional do Acordo Coletivo de Trabalho – ACT da EBSERH terá, nesta segunda-feira (06), a 5ª reunião de negociação, através de videoconferência, com representantes da Empresa. Depois de diversas reuniões, o impasse sobre o adiamento das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020/2021 deve ser solucionado nesta segunda. Os trabalhadores julgaram que, diante do quadro atual de pandemia do novo coronavírus, não haveria tempo hábil para se debater um acordo que envolve 65 cláusulas e muita discordância. Com isso, as negociações podem ser adiadas até o dia 31 de dezembro de 2020. 

O Governo federal tenta retirar direitos garantidos em acordos anteriores em um total desrespeito a categoria. Do total de demandas propostas pelos trabalhadores, a Ebserh apontou 52 como inviáveis. Segundo a empresa, apenas oito estariam em consenso entre empregados e empresa e outras cinco seriam negociáveis. Além disso, a empresa disse que não teria nenhum índice de reajuste de salários e benefícios a ser apresentado aos trabalhadores.  

“Nós não aceitamos retirada de direitos já adquiridos e não poderemos acatar uma negociação onde não haja nenhum índice de reajuste salarial. Mas também não podemos negociar em meio a essa pandemia, quando estamos tendo que reivindicar a compra de equipamentos de segurança adequado para atender a população”, comentou a diretora do Sindsep-PE e funcionária da Ebserh, Gislaine Fernandes.  

Na linha de frente no combate à pandemia do novo coronavírus, os trabalhadores da Ebserh estão tendo que lidar com uma série de dificuldades para atender a população e garantir o mínimo de segurança no trabalho. A falta de equipamentos de proteção adequados (EPI's) e a baixa qualidade de alguns desses equipamentos são pontos críticos. Mas as preocupações não param aí.

Na última quinta-feira, 02 de julho, empregados da Ebserh se uniram aos servidores públicos e realizaram atos, em diversos estados, em defesa dos serviços públicos. Antes disso, em maio, os trabalhadores já haviam entregado uma carta de repúdio à Ebserh e um abaixo-assinado com mais de oito mil assinaturas contra o objetivo do governo em retirar direitos trabalhistas. A categoria segue combatendo a Covid-19 que já contamina cerca de 1,5 milhão de brasileiros e vitimou mais de 61 mil.

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