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Como Bolsonaro faria no Brasil, Trump promove demissões de servidores públicos


Poucos dias depois de assumir o cargo, Trump enviou um e-mail para cerca de 2 milhões de servidoras e servidores oferecendo um programa de demissão em troca de alguns meses de salário. Quem não aderir, pode ser demitido sem os salários

Publicado: 07/02/2025

Nos Estados Unidos da América (EUA), o presidente eleito pode demitir as servidoras e os servidores públicos federais para colocar apadrinhados políticos em seus cargos. Exatamente o que Jair Bolsonaro queria implantar no Brasil com a sua Reforma Administrativa, por meio da PEC-32. A Reforma do governo Bolsonaro retirava a estabilidade de todas as novas e novos servidores públicos. Nos EUA, não existe esta estabilidade e o presidente não só pode demitir como esta é uma das primeiras ações de Donald Trump, grande aliado e inspiração de Bolsonaro. 

O Sindsep-PE lembra que se Bolsonaro tivesse sido reeleito, o mesmo poderia ocorrer com milhares de servidoras e servidores brasileiros. Mas o perigo não acabou. "Em 2026, teremos novas eleições e a direita e extrema direita, que têm projetos semelhantes para o serviço público e para o funcionalismo brasileiro, lançarão seus candidatos. É de grande importância que o funcionalismo público brasileiro e pernambucano não deem um tiro no pé votando em quem nunca valorizou a classe trabalhadora", destacou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.

Poucos dias depois de assumir o cargo, Trump enviou um e-mail para cerca de 2 milhões de servidoras e servidores oferecendo um programa de demissão em troca de alguns meses de salário. Ele deu um prazo até à zero hora desta sexta-feira (7) para a adesão ao programa. O governo tem a expectativa de que até 10% das funcionárias e funcionários públicos aceitem a proposta. Segundo a agência de notícias Reuters, mais de 20 mil já planejam aderir. Isso porque Trump ameaça novas demissões, nos próximos meses, sem o pagamento de salários. 

Nesta sexta-feira, a Justiça Federal dos Estados Unidos suspendeu o prazo para as adesões. Mas o projeto de desmonte do serviço público continua. O e-mail enviado pelo presidente também informa que “a maioria das agências federais será reduzida por meio de reestruturações, realinhamentos e cortes de pessoal”, em ações que devem incluir “dispensas temporárias e a reclassificação para status de emprego temporário para um número substancial de funcionários federais”. 

Também estão anunciados cortes nos orçamentos de Saúde e Previdência e o fim de uma política de redução de custos de medicamentos. Além do plano de demissões e dos cortes no orçamento, há outras medidas para reduzir a força de trabalho no serviço público. Entre elas, a criação de um departamento que intervirá nas agências para propor cortes na força de trabalho. 



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