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Comportamento de Bolsonaro leva o Brasil a novo recorde de desemprego


De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego da quarta semana de setembro ficou em 14,4%, atingindo 14 milhões de trabalhadores e trabalhadoras

Publicado: 19/10/2020
Escrito por: Ascom Sindsep-PE


A situação econômica e social dos trabalhadores brasileiros está cada dia mais crítica. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego da quarta semana de setembro ficou em 14,4%, atingindo 14 milhões de trabalhadores e trabalhadoras. E o que o governo Bolsonaro faz para reverter esse processo? Nada. Muito pelo contrário. Todas as atitudes tomadas por Jair Bolsonaro durante a pandemia do novo coronavírus só pioraram a situação econômica do país.  

Ao não respeitar a quarentena, o isolamento e as medidas de segurança o presidente estimulou milhares de brasileiros a fazerem o mesmo, o que está prolongando a pandemia no país. O resultado é que o Brasil já possui mais de 5,2 milhões de infectados, mais de 153 mil mortes e está com a economia em frangalhos. 

Em cinco meses, foram mais de 4,1 milhões de brasileiros desempregados por causa da pandemia. Um aumento assustador que ocorreu entre a primeira semana de maio e a quarta semana de setembro.

A Região Nordeste é a que mais sofre com a situação. Foi nela que se registrou a maior alta no número de desempregados, que passou de 2,3 milhões na primeira semana de maio para 3,9 milhões na penúltima de setembro, em uma alta de 69%.

Um estudo de pesquisadores da Universidade Federal do ABC, da Fundação Getúlio Vargas e da Universidade de São Paulo constatou que as falas negacionistas do presidente podem estar colaborando com a morte de milhares de brasileiros, principalmente de seus eleitores.

O estudo indica que, em praticamente todas as ocasiões em que Bolsonaro minimizou os impactos da pandemia, a taxa de isolamento social caiu e mais pessoas morreram. Essas ocorrências foram maiores nos municípios que mais votaram em Bolsonaro.

Economia

Todas as atitudes de Bolsonaro diante da pandemia estão contribuindo para desmontar a economia brasileira. Caso Bolsonaro tivesse feito o papel que lhe cabia, orientando às pessoas a ficar em suas casas e repassado recursos para todos os trabalhadores brasileiros e empresas que foram fechadas, como diversos outros países fizeram, o Brasil já teria se livrado da Covid-19 e a economia já teria voltado a crescer. Mas ele não queria repassar nem os R$ 600 reais aos mais vulneráveis.

“Desde o princípio do debate sobre o auxílio-emergencial, no Congresso Nacional, Bolsonaro deu diversas declarações de que era contrário à ajuda financeira aos mais vulneráveis. Quando identificou que ela seria aprovada, passou a defender a ajuda de apenas R$ 200 e suspensão do contrato de trabalho por quatro meses. Hoje, tenta enganar a população brasileira afirmando que a iniciativa de repassar os recursos partiram do seu governo”, destacou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 

Propostas do movimento sindical  

Um documento elaborado pelo Fórum das Centrais Sindicais, com propostas para a preservação da vida, emprego e renda, e uma agenda de retomada da economia brasileira, foi entregue ao Ministério da Economia, no último dia 8 de julho. Até hoje, o governo não deu nenhuma atenção.  

Com o objetivo de promover a retomada da atividade econômica, o documento propõe o fortalecimento da agricultura familiar para garantir a segurança alimentar e a geração de renda no campo; o fortalecimento dos empreendimentos solidários, MPEs, MEIs; e o fortalecimento do SUS, com investimentos no complexo da saúde e nacionalização da produção. Sugere ainda o investimento em programas de ampliação do Saneamento Básico; a implementação de Programa Habitacional; e investimentos em infraestrutura, particularmente em relação à mobilidade e acessibilidade, com retomada das obras paradas. 

Entre as propostas também estão investimentos em energia, especialmente renováveis, e o desenvolvimento de programa de reconversão industrial no complexo da saúde e em demais setores estratégicos. 

O documento sugere também medidas para a reorganização do Sistema Público de Trabalho e Emprego; e a ampliação das medidas de proteção ao emprego nas micro e pequenas empresas. 
 

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