Condsef/Fenadsef manterá processo contínuo contra desmonte da Previdência e MP 873

Da Ascom Sindsep-PE

A Condsef/Fenadsef e suas filiadas terão como prioridade se incorporar a todas as frentes contra o desmonte da Previdência e contra a Medida Provisória 873/19, que impede o desconto da contribuição sindical na folha de pagamento dos filiados. A decisão foi tomada durante a última reunião do Conselho Deliberativo de Entidades (CDE), realizada na semana passada, em Brasília.  

A Condsef/Fenadsef e seus sindicatos filiados, incluindo o Sindsep-PE, participarão das atividades conjuntas das centrais sindicais, Fonasefe e Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência. A ideia é a de manter um processo contínuo de mobilização contra a proposta da Reforma da Previdência de Bolsonaro e de acompanhamento permanente da MP-873/19, por meio de suas assessorias jurídicas. 

“Os trabalhadores brasileiros não podem ficar sem Previdência pública para que os banqueiros tenham altos lucros. Esse governo não pode governar apenas para os ricos. Tem que garantir o bem estar de toda a população, sobretudo dos trabalhadores que mais precisam. Não iremos aceitar o fim a Previdência. Vamos lutar até derrubar essa proposta”, garantiu o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira, que participou da reunião do CDE.    

Mulheres Unidas

Na próxima quinta-feira (11), movimentos sociais, entidades e centrais sindicais irão realizar um ato específico das mulheres contra a proposta de destruição da Previdência Social. O ato acontecerá no auditório Nereu Ramos, na Câmara Federal, a partir das 9 horas. Estão previstos depoimentos de mulheres de diversos setores sociais sobre os impactos da alteração previdenciária pela perspectiva de gênero, com o intuito de sensibilizar mais parlamentares sobre a gravidade da PEC 06, independentemente de partido político.

A PEC 06 representa um descaso com as mulheres brasileiras, uma vez que não considera a dupla jornada de trabalho exercida por elas. Além disso, dificulta as regras para o acesso ao Benefício de Prestação Continuada para as trabalhadoras mais pobres. 

A secretária de administração da Condsef/Fenadsef, Jussara Griffo, destaca que a proposta do governo é injusta especialmente com as trabalhadoras do setor público das três esferas de governo, as trabalhadoras rurais, as professoras, as domésticas e as mulheres donas de casa que dependem de pensão para sobreviver. As pensões podem ser reduzidas em até 60% de seus valores e não há garantia nem mesmo de salário mínimo, caso a Reforma da Previdência seja aprovada.