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SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO
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Publicado: 07/12/2015
Ascom Sindsep-PE
Conselho Estadual de Saúde de Pernambuco irá promover uma reunião na próxima quarta-feira, às 8h30, para debater o combate ao Aedes Aegypti e a situação em que o Estado se encontra depois que o Governo perdeu o controle do mosquito, ocasionando grandes surtos de doenças. O Sindsep-PE estará representado no encontro pelo seu diretor regional, Francisco de Assis.
O Aedes Aegypti é um velho conhecido dos pernambucanos. O primeiro surto de Febre Amarela brasileiro ocorreu em 1685, justamente em Olinda, Recife e interior. Naquela época, houve um combate ostensivo ao mosquito e o país passou 150 anos com a Febre Amarela sob controle. Em 1987, tivemos um grande surto de dengue em todo o Brasil, que atingiu seriamente Pernambuco. Mas em seguida foi controlado.
No entanto, desde 1994 existe um novo surto de dengue no Estado que não recebeu a devida atenção das autoridades locais. Resultado: a falta de combate ao mosquito transmissor da doença fez surgir diversos novos casos e novas e graves doenças que se espalharam como epidemias por diversos municípios locais. A Chikungunya e a Zica vêm causando grande preocupação junto a população.
Em 2015, foram notificados 122.655 casos de dengue distribuídos em 185 municípios pernambucanos, representando um aumento de 583,12% em relação ao mesmo período de 2014. Quanto a Chikungunya, em 2014, foram notificados 23 casos em Pernambuco. Em 2015, até o final do mês de novembro, foram 1.074 casos suspeitos, sendo 219 confirmados. Já a Zica está assolando em diversas partes do Estado e deixando sequelas em bebês que contraem a doença ainda na barriga da mãe, nascendo com microcefalia.
Esse quadro é prova da desatenção do Estado para com o combate ao Aedes aegypti. No ano de 2000, o Governo Federal descentralizou o combate das endemias para os estados e municípios brasileiros. Depois disso, a situação só piorou em Pernambuco.
Os investimentos vêm minguando a cada ano, em comparação ao crescimento das cidades. As equipes de agentes de saúde hoje não são suficientes para atender a população. Existe município pernambucano que necessita de 50 agentes e está trabalhando com apenas oito. Há poucos meses, estava faltando, o bioinseticida que combate o mosquito. Os equipamentos, como os carros do fumacê, estão em processo de sucateamento.