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Crime com provas: O golpe incluía plano de assassinar o presidente eleito


É tarefa de todo trabalhador consciente exigir cadeia para os golpistas. É nosso futuro que está em jogo

Publicado: 21/11/2024
Escrito por: Condsef/Fenadsef

CONDSEF/FENADSEF

Crime com provas: O golpe incluía plano de assassinar o presidente eleito

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Operação Contragolpe da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta terça-feira, 19, e que prendeu quatro integrantes das forças especiais do Exército e um policial federal, revela mais um tenebroso capítulo na história recente de ataques à democracia no Brasil. 

A Condsef/Fenadsef sempre alertou para a urgência de punição imediata de generais envolvidos em atos golpistas. Quem não se lembra da noite de vandalismo em Brasília no dia 12 de dezembro de 2022, data da diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva?

Numa 'Nota à Imprensa' diante daquela noite de caos e barbárie protagonizada no centro de Brasília por apoiadores de Bolsonaro, sob a complacência da polícia do DF, a Confederação fez uma cobrança contundente:

"Pelo fim imediato do acampamento golpista-ilegal em Brasília

Passou da hora de os comandantes militares assumirem sua responsabilidade legal e providenciarem a desmobilização do acampamento golpista-ilegal instalado em área militar, próxima ao QG do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília. 

Já existiam todas as razões para isso, inclusive o fato de os atos antidemocráticos terem suporte logístico de caminhões precedentemente envolvidos em tráfico de drogas, contrabando, crimes ambientais, como revelado pela PRF. 

Depois de ontem esperar mais o quê? Por que os golpistas continuam ali, impunemente?"

O acampamento permaneceu e em 24 de dezembro um terrorista tentou armar uma bomba num caminhão tanque que deveria explodir no Aeroporto de Brasília. Portanto, ataques terroristas com bombas, como o registrado há menos de uma semana em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), não são novidade no modus operandi dos golpistas. 

Sem qualquer punição e sem que nada tenha sido feito pelas autoridades responsáveis para remover os golpistas das portas dos quartéis, a escalada de crimes continuou. Em 8 de janeiro, o país assistiu estarrecido aos ataques golpistas aos prédios da Praça dos Três Poderes. 

No mesmo dia a Condsef/Fenadsef questionou "até quando?" e "até onde?". 

"O arremedo de bloqueio da PM para revistar os golpistas permitiu a passagem. Não havia nenhuma tropa protegendo as imediações do Congresso e da Praça dos Três Poderes. É importante lembrar que a PM do governo Ibaneis impede as manifestações de sindicalistas de ultrapassarem a chamada Avenida das Bandeiras, que fica a mais de 100 metros da entrada do Congresso. Nem mesmo o gramado do Congresso pode ser ocupado pelos trabalhadores, ao contrário do que a PM de Ibaneis permitiu aos golpistas." - destacava um trecho dessa nota que concluía: Nenhuma tolerância com os golpistas. Basta!

Leia a íntegra das notas:

Vandalismo em Brasília | Pelo fim imediato do acampamento golpista-ilegal em Brasília

Até quando? Até onde? | Punição aos golpistas, aos facistas, aos coniventes!

Sem anistia

Com provas contundentes, deixadas pelos próprios criminosos, a PF revela agora o que a consciência democrática do Brasil vem exigindo há tempos: punição aos criminosos golpistas, nenhuma anistia aos crimes praticados. Só há golpismo agora porque os crimes da ditadura de 1964 ficaram impunes.

O plano detalhado do golpe que pretendia assassinar por "envenenamento, tiro ou artefato explosivo" o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, não dá margem a dúvidas. Não se trata de uma mera especulação ou delírio como querem empurrar defensores dos golpistas. Era um plano detalhado, elaborado por gente especializada, e que, ademais, começou a ser executado.

Todas essas tentativas de golpe que envolveram generais da alta-cúpula do então governo Bolsonaro, são crimes com provas. Um dos presos na operação de hoje era o secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência de Bolsonaro, general Mario Fernandes.

A ousadia e certeza de impunidade desse grupo foram tão altas que uma cópia do plano golpista chegou a ser impressa em pleno Palácio do Planalto.

A mídia divulgou imagem do que seria uma parte do plano a ser executado pelo grupo:


Reprodução

Inaceitável

A Condsef/Fenadsef reforça que é tarefa de todo trabalhador consciente exigir cadeia para os golpistas. O futuro da população trabalhadora está em jogo e é preciso levantar a voz para que esses atos golpistas sejam imediatamente punidos, sem nenhuma chance de anistia aos envolvidos. 

Desde sua fundação em 1990, a Condsef/Fenadsef participa das lutas em defesa da democracia e da soberania nacional porque são lutas que tem relação direta com a defesa do serviço público e dos direitos dos servidores. 

EM DEFESA DA DEMOCRACIA!

SEM ANISTIA PARA GOLPISTAS!

PUNIÇÃO JÁ AOS GENERAIS GOLPISTAS!

DIREÇÃO DA CONDSEF/FENADSEF



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