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Crise humanitária mundial em 2021 exigirá mais investimentos públicos


Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), uma crise que só será sanada com investimentos públicos

Publicado: 03/12/2020
Escrito por: Ascom Sindsep-PE


A maior crise humanitária desde a Segunda Guerra Mundial. Essa é a previsão da Organização das Nações Unidas (ONU) para o ano de 2021. Uma crise que só será sanada com muito investimento público segundo a própria Organização. O Fundo Monetário Internacional (FMI), instituição que comanda o capitalismo no mundo, também já acendeu o sinal de alerta, em relatório feito sobre o Brasil, para a necessidade do país dar um freio na política ultraliberal de corte de gastos e enfrentar a situação com mais investimentos no setor público.  

Mas esses alertas não têm sido suficientes para convencer o presidente Jair Bolsonaro e o seu ministro da Economia, Paulo Guedes. Muito pelo contrário. Ao invés de promover mais investimentos em políticas públicas, o governo só fala em cortes, em privatizações e em sua proposta de reforma Administrativa que irá esfacelar o setor público e reduzir ainda mais o tamanho do Estado, em um caminho contrário ao que o mundo está tomando. 

“Diversos economistas e especialistas da área econômica, ao redor do mundo, estão defendendo a necessidade dos países capitalistas abandonarem o corte de gastos e a austeridade fiscal para passarem a investir pesadamente em políticas públicas de geração de emprego e renda para todos. Uma política que tínhamos no Brasil até há pouco tempo atrás, mas que foi abandonada depois do golpe de 2016”, destacou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 

O golpe de 2016 possibilitou a aprovação da Emenda Constitucional 95 que promoveu o congelamento dos investimentos públicos no Brasil por 20 anos e está multiplicando o número de desempregados no país. “Sem investimentos públicos em obras e ações, o governo não gera empregos e renda. Com isso, temos menos dinheiro circulando. Desta forma, a economia se enfraquece e isso gera ainda mais desemprego. É como uma bola de neve. Isso é um princípio econômico básico. Paulo Guedes sabe disso. Mas eles não fazem investimentos públicos porque a única preocupação deste governo é em pagar os lucros dos credores da dívida pública”, comentou José Carlos.  

O fim do Auxílio Emergencial e o caos

A maior crise humanitária desde a Segunda Guerra Mundial deve atingir 235 milhões de pessoas em todo o mundo em 2021. No Brasil os impactos podem ser agravados pelo fim do auxílio emergencial de R$600, caso o Congresso Nacional não vote este mês a medida provisória (MP) 1000/20. 

Desde setembro, quando Bolsonaro reduziu pela metade o valor do auxílio emergencial de R$ 600, como havia sido aprovado pelo Congresso Nacional, para R$ 300, aumentou o número de brasileiros na linha da pobreza e em situação de miséria. O número de pessoas vivendo em situação de pobreza teve um aumento em mais de 8,6 milhões entre agosto e setembro deste ano. Além disso, mais de quatro milhões de pessoas caíram para linha da miséria no mesmo período. O aumento do desemprego, da desigualdade e da fome no País complicam o cenário nacional. 

Dia Nacional de Luta

Para que este governo mude a sua política, haverá a necessidade de uma forte mobilização da sociedade e pressão também junto ao Poder Legislativo. No próximo dia 10 de dezembro haverá o Dia Nacional de Luta contra a reforma Administrativa. O Sindsep-PE convoca todos os servidores públicos federais do Estado a participarem da mobilização.  A data contará com atos em todo o país. 

A Condsef/Fenadsef também está preparando uma campanha nacional de mídia em Defesa dos Serviços Públicos. A campanha contará com comerciais de televisão, rádio e postagens nas redes sociais contra o desmonte do serviço público brasileiro promovido pelo governo Jair Bolsonaro. 
 

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