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Cúpula de Líderes abre COP30 com foco em financiamento e preservação de florestas


Mais de 40 chefes de Estado participam da Cúpula de Líderes em Belém, que marca a abertura da conferência

Publicado: 07/11/2025

Do GGN

A capital paraense, Belém, abriu oficialmente nesta quinta-feira (6) a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) com a Cúpula de Líderes, que reúne mais de 40 chefes de Estado e de governo. O encontro marca a abertura política da conferência e consolida o papel do Brasil como anfitrião das negociações sobre o futuro das florestas tropicais e o financiamento para a transição verde.

O presidente Lula (PT) recebe os convidados, entre eles o presidente da França Emmanuel Macron, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, o primeiro-ministro do Canadá Justin Trudeau, o presidente da Colômbia Gustavo Petro e o secretário-geral da ONU António Guterres. Também participam líderes de países africanos e asiáticos que integram o grupo das três grandes florestas tropicais: Amazônia, Congo e Bacia do Mekong.

O evento, que se estende até esta sexta-feira (7), ocorre no Parque da Cidade, espaço que também abrigará as zonas Azul e Verde da COP30. A conferência principal tem início oficial na segunda-feira (10), com o início das negociações multilaterais.

Três mesas, um objetivo: destravar compromissos

Durante dois dias, os chefes de Estado se revezam em discursos e mesas temáticas. A primeira sessão é dedicada a florestas e oceanos, com destaque para o anúncio do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (Tropical Forests Forever Fund), proposta brasileira que busca criar um mecanismo internacional de financiamento permanente para a preservação das florestas tropicais.

O modelo, segundo o Itamaraty, funcionará como um investimento global de renda fixa, com a meta de captar cerca de R$ 625 bilhões (US$ 125 bilhões). O retorno financeiro será usado para remunerar países que conservam suas florestas, com pagamento anual por hectare preservado. Pelo menos 20% dos recursos serão destinados a povos indígenas e comunidades tradicionais.

A segunda mesa discutirá a transição energética e as metas até 2030, entre elas triplicar a capacidade global de energias renováveis e duplicar a eficiência energética. Ganha força o Compromisso de Belém pelos Combustíveis Sustentáveis (Belém 4x), iniciativa liderada por Brasil, Itália e Japão para quadruplicar o uso de combustíveis limpos, como hidrogênio verde, biogás e combustíveis sintéticos até 2035.

A terceira e última sessão fará um balanço dos dez anos do Acordo de Paris, avaliando metas cumpridas e o que deve ser incluído nas novas contribuições nacionais até 2035. O debate também abordará o Roteiro Baku–Belém, elaborado pelas presidências da COP29 e COP30, que pretende mobilizar US$ 1,3 trilhão anuais em financiamento climático.

Peso político, sem caráter deliberativo

Vale ressaltar que a Cúpula de Líderes não terá decisões formais. Segundo o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Clima e Meio Ambiente do Itamaraty, “a cúpula não é deliberativa. O que é deliberativo é a COP. Não há ideia de documento final na cúpula, isso será da conferência”.

A proposta é medir o ambiente político e antecipar as posições que devem dominar as negociações formais da COP30, que seguirá até o dia 21 de novembro.



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