CUT se reúne com federais nesta quinta (19) para discutir estratégias de luta

Nesta quinta-feira, dia 19, a direção da CUT se reúne com entidades nacionais dos servidores federais para discutir estratégias de luta diante do cenário político atual. A reunião deve acontecer durante todo o dia na sede da Condsef, em Brasília.

O secretário geral da Condsef, Sérgio Ronaldo, vai participar da reunião e já adianta que não abre mão de três coisas: 1) Manutenção dos direitos conquistados nos últimos anos; 2) Ajustes no PL 257, de modo que a matéria não prejudique os servidores públicos; e 3) Cumprimento dos acordos firmados com o governo no ano passado. Sobre esse último item, o sindicalista é enfático: “Não firmamos acordo com pessoa física, mas com a União, e exigimos o cumprimento, independente do governo”.

Sérgio Ronaldo fala também que a Condsef realizou na semana passada uma série de encontros setoriais e outros tantos devem ser realizados esta semana, mas o objetivo é mobilizar a categoria, conscientizá-la sobre a importância da unidade. “O cenário é muito ruim e não temos espaço para negociar ajustes A ou B. Temos que nos concentrar no que é geral, sobre questões comuns”, explica o secretário geral da Confederação. 

Para ele, o desafio é imenso e o projeto conservador do governo interino e golpista só será superado com mobilização, com massa na rua. Não houve até o momento nenhuma negociação entre a Condsef e o governo interino. O segundo escalão que faz a interlocução com o governo ainda está sendo montado.

“Para mim não restam dúvidas. Teremos que unir forças. O projeto do governo interino de Michel Temer (PMDB) é ruim para os servidores, prevê privatização, arrochos salariais e atrofiamento do serviço público. É um verdadeiro abismo para o passado, a volta do Estado Mínimo”, dispara a coordenadora geral do Sindsep-PE, Graça Oliveira, que participa da reunião em Brasília nesta quinta, 19.

CENTRAL
A CUT não participou nessa segunda-feira, 16 de maio, de uma reunião com o presidente interino, Michel Temer. O encontro foi convocado pelo Planalto e contou também com a presença dos ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Ronaldo Nogueira (Trabalho) e Eliseu Padilha (Casa Civil).  

Em nota divulgada no site, o presidente nacional da CUT, Wagner Freitas, disse que não negociava com golpista. Ele explicou que a central continua a luta pelos direitos dos trabalhadores, assim como a volta do Estado de Direito e do mandato da presidenta Dilma Rousseff. 

“Acreditamos que a luta contra os retrocessos pretendidos e anunciados será travada pelo conjunto dos movimentos sociais nas ruas, nos locais de trabalho, na luta constante para impedir que o Brasil recue, do ponto de vista democrático, institucional e civilizatório, há décadas passadas”, disse Freitas.

Por outro lado, nessa quarta, 18, a CUT e outras centrais sindicais participaram, no Senado, do lançamento de uma frente parlamentar mista em defesa dos direitos da classe trabalhadora. O objetivo do grupo é propor alterações ou barrar projetos que possam prejudicar os trabalhadores (foto).