SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO

(81) 3131.6350 - [email protected]

Home | Notícias

Depois da extinção do MTb, Bolsonaro reduz em 63% verba para fiscalização


A queda em relação ao orçamento de 2019 é de R$ 70,4 milhões. A ideia do governo é continuar desmontando a legislação trabalhista com o objetivo de reduzir os custos dos empresários em detrimento da saúde, do bem estar e do bolso dos trabalhadores

Publicado: 25/11/2019


Jair Bolsonaro demonstra, mais uma vez, que está do lado dos empresários desonestos que praticam as piores arbitrariedades com relação aos direitos dos trabalhadores. Depois de extinguir o Ministério do Trabalho, seu governo decidiu reduzir ao extremo as verbas referentes às fiscalizações trabalhistas. De acordo com o primeiro orçamento elaborado, apenas R$ 26 milhões de R$ 1,4 trilhão de despesas previstas para 2020 foram reservados para operações de inspeção de segurança e saúde no trabalho, combate ao trabalho escravo e verificações de obrigações trabalhistas. Esse é o menor patamar da série histórica. A queda em relação ao orçamento de 2019 é de R$ 70,4 milhões, superando 63%.

A ideia do governo é continuar desmontando a legislação trabalhista com o objetivo de reduzir os custos dos empresários em detrimento da saúde, do bem estar e do bolso dos brasileiros. Para receber o apoio, Bolsonaro continua reproduzindo a mesma mentira que vem sendo espalhada desde a aprovação da reforma Trabalhista de que o objetivo é a geração de empregos. No entanto, os números mostram que a situação do desemprego no Brasil não foi solucionada nem com a reforma trabalhista nem com nenhuma medida tomada para aliviar o bolso dos empresários.

“Os empregos só podem ser gerados com o aquecimento da economia. O empresário não irá abrir vagas de trabalho apenas porque está tendo menos custos com a produção. Se não tem quem comprar, ele não tem porque contratar mais pessoas para aumentar a produção. E tudo o que este governo tem feito, por meio de sua política ultraliberal, é sufocar a economia”, comentou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.

A flexibilização das normas trabalhistas é um exemplo do que não fazer em um país que almeja o crescimento econômico. A flexibilização e o achatamento salarial gera insegurança financeira nos trabalhadores que perdem o poder de compra e passam a consumir menos. E, no Brasil, o consumo das famílias é o principal responsável pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). E o PIB nada mais é que a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano. 

“Ou seja, com segurança trabalhista e direitos garantidos como carteira assinada, férias, décimo terceiro, os brasileiros têm mais confiança para consumir e a economia é aquecida. Sem esses direitos, a situação do país tende a ficar cada vez pior”, destacou o secretário geral do Sindsep-PE, José Felipe Pereira.

« Voltar


Receba Nosso Informativo

X