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Depois da vacinação, a população brasileira deve tomar as ruas


Governo Bolsonaro reduz gastos previdenciários por meio da exposição de parcela importante da população brasileira à morte

Publicado: 04/01/2021
Escrito por: Ascom Sindsep-PE


Um grande desastre para o Brasil e para os brasileiros. É desta forma que se apresenta o governo Jair Bolsonaro desde o seu início. Com a chegada da pandemia do novo coronavírus, uma política genocida que tem promovido a morte de milhares de cidadãos tornou-se evidente. Bolsonaro se mostra como um fracasso completo em se tratando do que deveria ser o seu maior dever, o de proteger o país e sua população. Mas é um enorme sucesso no que se refere à política de redução de gastos previdenciários por meio da exposição de parcela importante desta população à morte. Já são quase 200 mil mortes.  

Em reunião fechada com técnicos do Ministério da Saúde, realizada no último mês de março e divulgada pelos grandes meios de comunicação, uma assessora do ministro da Economia, Paulo Guedes, revelou o que muita gente já suspeitava. Solange Vieira, que é titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), declarou que “É bom que as mortes se concentrem entre os idosos… Isso melhorará nosso desempenho econômico, pois reduzirá nosso déficit previdenciário”. A fala da assessora foi confirmada por mais de um participante da reunião. 

Essas palavras só deixam claro o que muita gente já suspeitava diante das atitudes de Bolsonaro. O presidente foi contra a quarentena, estimulou as aglomerações, foi contra o uso de máscaras e contra o Auxílio Emergencial, que só foi aprovado por conta da luta social junto aos parlamentares no Congresso Nacional. Agora ele atrasa, deliberadamente, a vacinação. 

Enquanto mais de 50 países já estão vacinando a sua população, o negacionista psicopata que ocupa o Palácio do Planalto não quer saber de vacinas. Não temos nem seringas. Se não fosse o Supremo Tribunal Federal (STF) também não teríamos um plano de vacinação. O Governo foi obrigado, pelo Tribunal, a elaborar um plano.

“A falta de imunização da população também serve a outro propósito. É que uma grande parcela dos brasileiros não aguenta mais este governo e está esperando apenas ser vacinada para dar início às mobilizações de rua. E isso é tudo o que Bolsonaro não quer. Ou seja, ele prefere expor brasileiros e brasileiras à morte do que ver o país mobilizado pelo seu impeachment”, comentou o secretário geral do Sindsep, Felipe Pereira.       

O negacionismo de Bolsonaro também beneficia clínicas privadas que estão negociando a compra de vacina na Índia para aplicar na população brasileira, cobrando altos preços. (Veja AQUI)    

Mas apesar de tudo, Bolsonaro será obrigado a promover a vacinação pública da população. Obrigado pelos tribunais, pela cobrança dos meios de comunicação e por organismos internacionais. Depois disso, provavelmente, irá tentar surfar na onda dos resultados positivos do fim da pandemia no país, como fez com o Auxílio Emergencial. Mas o que  se verá, em todo o país, será as ruas tomadas pelo povo que irá pedir o fim de seu governo. 

A vacinação dará espaço ao movimento sindical e social para mobilizar a população, fazer luta de massas, alterar a correlação de forças e ir pavimentando um caminho que represente um novo projeto político, econômico e social para o Brasil. Ou seja, 2021 será um ano de vacinação e mobilização. 

“Cabe a nós, servidores federais, retomarmos nossa mobilização e voltarmos a fazer parte dos atos de rua. Integrarmos esse grande levante que se dará em oposição aos absurdos praticados por este governo contra a soberania nacional, contra os serviços públicos e contra cada um dos brasileiros e brasileiras”, concluiu  Felipe Pereira. 
 

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