Deputados aprovam constitucionalidade da PEC-186

Os deputados federais estão se curvando a chantagem do governo Bolsonaro. Apesar de todos os argumentos contrários dos partidos de oposição, inclusive com a tentativa de obstrução da votação pelo PT, eles aprovaram a constitucionalidade do texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial nº 186, em primeiro turno. Foram 341 votos a favor da PEC que traz novas regras fiscais para evitar novos investimentos, congela salários dos servidores públicos federais, estaduais e municipais e corta verba do pré-sal para a educação, entre outras maldades. 

Em troca da aprovação da PEC, o governo se compromete a parar apenas quatro parcelas de um novo auxílio emergencial com um valor que não irá ser suficiente para auxiliar as famílias desempregadas. Fala-se em algo entre R$150 a R$350 para 32 milhões de pessoas - metade dos atendidos no ano passado com R$ 600. 

A CUT e demais centrais, os sindicatos, incluindo aí o Sindsep,  e os partidos progressistas estão pressionando a Câmara para que derrube o texto já aprovado no Senado, e que seja votado, no mínimo, um auxílio emergencial de R$ 600.  

Para pressionar os parlamentares a votarem contra a PEC-186 e por um pagamento de um novo auxílio emergencial justo, a CUT está disponibilizando o site na Pressão (AQUI). Na ferramenta é possível enviar mensagens aos parlamentares por e-mails, Facebook , Twitter e WhatsApp e ficar sabendo a posição sobre o tema de cada um.  

Durante a sessão da Câmara para discutir o teor da PEC, diversos deputados da oposição se posicionaram contra os mecanismos de ajuste.  Os representantes dos servidores também são contrários a sua aprovação. "Neste momento de pandemia, precisamos nos mobilizar por meio da internet e redes sociais. Essa PEC irá congelar o salário de todos por tempo indeterminado. Importante lembrarmos que a grande maioria dos servidores federais já está há quatro anos com os salários congelados", comentou o secretário geral do Sindsep, Felipe Pereira.