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Desmatamento avança na Amazônia Legal e servidores cobram providencias do governo


De agosto de 2019 até o dia 9 deste mês foram desmatadas 7.782 km² de terra na Amazônia Legal. Os dados são da plataforma TerraBrasilis desenvolvida pelo INPE

Publicado: 23/07/2020
Escrito por: Ascom Sindsep-PE

De agosto de 2019 até o dia 9 deste mês foram desmatadas 7.782 km² de terra na Amazônia Legal. Os dados são da plataforma TerraBrasilis desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas Especiais (INPE). Se a proporção do desmatamento se mantiver é possível que se chegue ao final deste ano com um aumento de 28% em relação a 2019 e 72% em relação a 2018. 

Preocupados com a situação, servidores de carreira do Ibama enviaram, no início desta semana, uma carta ao vice-presidente da República e presidente do Conselho da Amazônia, General Hamilton Mourão. No documento, eles cobram providências para conter o avanço do desmatamento na Amazônia Legal e apontam algumas medidas emergenciais que deveriam ser tomadas para evitar maiores danos ao país.  

“Alertamos, na ocasião, que sem a adoção de tais medidas qualquer esforço do governo brasileiro em resolver a situação de intensa crise ambiental na Amazônia não teria potencial de produzir resultados efetivos”, diz trecho da carta.

Os servidores apontaram sete medidas emergenciais nas áreas de gestão, autonomia institucional, comunicação, recursos humanos, orçamento, regulação ambiental e segurança. Na prática, a ideia é estabelecer que os cargos comissionados do órgão sejam ocupados por servidores de carreira qualificados para a função, evitar ingerências no órgão e ampliar a divulgação das ações ambientais.

Além disso, e na contramão do que propõe o atual governo, ampliar o quadro de funcionários através de concursos públicos, ampliar o orçamento do órgão, estabelecer uma regulamentação ambiental que garanta, inclusive, a segurança dos agentes em campo.

Na carta, os servidores do Ibama frisaram a importância do órgão e da relevância estratégica do meio ambiente para o Brasil e o mundo. “Respeitar as leis de proteção ambiental interessa, sobretudo, ao setor econômico, fortemente dependente da exportação de commodities e de investimentos externos”, diz outro trecho do documento, onde eles alertam também para os perigos de sanções econômicas contra o país, fuga de investimentos e menores fluxos de comércio.

"Essa carta veio se juntar a várias manifestações já provocadas pelos servidores nos últimos dois anos e apoiadas, do ponto de vista trabalhista, pelo próprio sindicato dos servidores públicos federais. Essa manifestação vem expor aos vários organismos públicos o caos que se encontra a área ambiental desde a tomada de poder pelo governo Bolsonaro", ressaltou o diretor do Sindsep-PE e servidor do Ibama, Eduardo Albuquerque.

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