SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO

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Dia Nacional de Luta dos servidores nas ruas e nas redes, nesta quinta (19)


A categoria busca a abertura efetiva de negociações com o governo Bolsonaro. Mas a tática de Bolsonaro vem sendo a de empurrar o assunto com a barriga e propagar diversas propostas e informações desencontradas pela imprensa

Publicado: 18/05/2022


Os servidores federais irão realizar mais um Dia Nacional de Lutas pela reposição inflacionária imediata de seus salários nesta quinta-feira (19) em todo o Brasil. Os servidores irão se mobilizar em atos de rua e mobilizações em locais de trabalho em diversos estados, além de atuação nas redes sociais. Apesar dos mais de cinco anos sem reajuste, os servidores públicos federais lutam por uma reposição de apenas 19,99%, referente à inflação dos três anos do governo Bolsonaro. 

Querem ainda a revogação da Emenda Constitucional 95, que congelou os investimentos públicos por 20 anos, e o arquivamento da PEC-32, que pretendem promover o desmonte dos serviços públicos. 

“Estamos tentando negociar desde janeiro, mas o governo se nega a nos receber para tratar do assunto. Nos recebeu duas vezes, apenas, para dizer que não iria conceder reajuste e, depois, para dizer que não iria negociar. Com a pressão que estamos fazendo, desde janeiro, eles já falam em um aumento linear para todos de 5%. Mas esse é um percentual muito baixo, levando em conta os anos que estamos sem reposição e o descontrole da inflação. Precisamos continuar esse trabalho de luta para que eles elevem esse percentual. Por isso, convocamos todos os servidores pernambucanos a atuarem, durante toda essa semana, nas redes sociais”, sublinhou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 

No próximo sábado, 21, a Condsef/Fenadsef, que representa a maioria dos servidores do Executivo, realizará uma Plenária Nacional onde a ampliação da pressão e mobilização dos federais estará em pauta.  

A categoria busca a abertura efetiva de negociações com o governo Bolsonaro. Mas a tática de Bolsonaro vem sendo a de empurrar o assunto com a barriga e propagar diversas propostas e informações desencontradas pela imprensa. No entanto, ele poderá decidir sobre a reposição até o dia 22 de maio. Técnicos da equipe econômica defendem que eventuais aumentos sejam oficializados até essa data para que haja "segurança jurídica" em alterar o Orçamento a tempo de conceder o benefício em ano eleitoral. 

Mas nada está decidido sobre o percentual. Depois de Bolsonaro falar em um reajuste linear de 5% para todos os servidores, rumores voltaram a circular de que o governo está debatendo a possibilidade de enviar ao Congresso propostas diferenciadas para categorias específicas. O objetivo seria evitar greves de categorias insatisfeitas em pleno ano eleitoral. Na verdade, todo o funcionalismo público está insatisfeito com a reposição de apenas 5%, quando a grande massa dos trabalhadores já acumula uma perda salarial de mais de 40%. 

“O Governo continua alegando que não tem recursos para aprovar uma reposição maior para todos. Mas sempre é importante lembrar que eles destinaram R$ 37,6 bilhões para emendas parlamentares, dos quais R$ 16,5 bilhões estão no orçamento secreto. A Lei também reserva um valor de R$ 1,9 trilhão para o refinanciamento da dívida”, lembrou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.  

A subseção do Dieese na Condsef/Fenadsef também constatou que enquanto as despesas de pessoal se mantêm constantes, ao examinar dados de um período de apenas um ano, o governo elevou gastos com juros que beneficiam rentistas em 33,49%. 
 

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