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Diap lança documento com um primeiro “raio x” do novo Congresso 2019-2023


O material está disponível, na íntegra, nesta matéria, com análise do conteúdo e detalhes dos principais tópicos para os leitores entenderem a complexidade do que estar por vir no país

Publicado: 07/11/2018
Escrito por: Ascom Sindsep-PE

O Departamento Intersindical de Assessoramento Parlamentar (Diap) publicou recentemente um estudo sobre o perfil da próxima legislatura do parlamento federal “Novo Congresso Nacional em Números – 2019/2023). O material está disponível, na íntegra, no site do sindicato. O Garra também fez uma análise do conteúdo e vai detalhar os principais tópicos para os leitores entenderem a complexidade do que estar por vir no país. 

Apesar de ser a maior renovação do Congresso Nacional desde 1990 existe uma fragmentação muito grande das bancadas partidárias e um conservadorismo em relação a valores políticos, econômicos, sociais e morais. Como já foi divulgado pelo Garra anteriormente, o PT, PSL e PP passam a ser, respectivamente, as maiores bancadas com 56, 52 e 37. A sigla que mais perdeu cadeiras na Câmara (maior casa) foi o MDB, que caiu de 66 em 2014 para 34 eleitos em 2018, com aumento do campo da direita, uma estabilização da esquerda e redução do centro.

RENOVAÇÃO
Na Câmara foram eleitos 269 novos parlamentares (52%) e 244 reeleitos (48%). Os partidos que mais cresceram, pela direita, foram o PSL, que passou de 8 (2014) para 52 (2018), e o PRB, que subiu de 21 para 30. No campo da esquerda, o PSol foi o que mais cresceu, passou de seis para 10, e o PSB, que passou de 26 para 32. Todos os partidos de centro e centro-direita, com exceção do PRB, perderam cadeiras nesta eleição.

No Senado, das 54 vagas em disputa, 46 foram renovações (85%) e apenas oito foram reeleições (15%), lembrando que dessas oito, apenas 32 foram candidatos que estavam na legislatura de 2014. Dos 46 novos, pelo menos 40 nunca foram senadores e nove nunca ocuparam cargos públicos, nem eleitos, nem nomeados para função de confiança.

PERFIL
Na Câmara, mais de 80% tem nível superior, sendo em sua maioria profissionais liberais. Cerca de 8% tem nível médio e 7% tem curso superior incompleto. Mais de 75% se declaram brancos e 20% negros ou pardos. Dos deputados, 28 tem menos de 30 anos (a mais velha é Erundina com 83 anos e a mais nova é Luisa Canziani, com 22 anos). Para o Senado, o Diap não apresentou os números.

CONSERVADORISMO
Apesar do número de mulheres ter aumentado no Congresso, elas ainda representam apenas 15% do parlamento. Em 2018 foram eleitas 77 mulheres para 436 homens. Entre os eleitos, foram identificadas 43 profissões, ganhando, em disparada, a de empresário, com 133 nomes. Em segundo lugar vem os médicos com 69; em terceiro, servidor público com 30; e o quarto lugar empatado entre Polícia Militar e Jornalista, que tem 26 parlamentares.

As bancadas informais, sem ser por partido, mas por posicionamento político e ideológico, também cresceu no sentindo conservador. Os empresários e ruralistas continuaram como maioria, com aumento das bancadas evangélicas e da segurança, essa conhecida popularmente como “bancada da bala”. Na contramão, redução acentuada da bancada sindical.

“A gente já alertou que esse Congresso é conservador e desfavorável à classe trabalhadora e ao serviço público e esse documento do Diap prova isso. Traz dados, nos respalda. É um material que vale a pena ler e refletir sobre ele”, sugere o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 



Arquivo: novo_congresso_nacional_em_numeros_2019-2023.pdf
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