SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO

(81) 3131.6350 - sindsep@sindsep-pe.com.br

Home | Notícias

Dieese promove oficina de diagnóstico da economia popular e solidária


A ideia central da Oficina foi a de promover o diálogo com os atores da economia popular solidária e construir um plano de trabalho para a estruturação do Observatório Estadual de Economia Popular e Solidária, sua implantação e funcionamento

Publicado: 22/05/2025

A Economia Popular e Solidária é um modelo econômico fundamentado em valores de cooperação, autogestão, solidariedade e sustentabilidade, priorizando as pessoas e o meio ambiente em detrimento do lucro e promovendo a justiça social e o desenvolvimento local inclusivo. E é com o objetivo de promover essa economia que o Dieese, o Ministério do Trabalho e Emprego(MTE) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), estão estudando e articulando a instalação de um Observatório de Economia Popular e Solidária em Pernambuco.

Um passo importante para a concretização deste projeto se deu nessa terça e quarta-feira (20 e 21/05) com a Oficina de Diagnóstico do Observatório Estadual de Economia Popular e Solidária, que reuniu, no auditório do Sinttel, no Recife, dezenas de atores envolvidos com este setor, em Pernambuco.

“Tivemos, nesses dois dias, trocas das experiências registradas por agentes de mais de dez territórios, que construíram um diagnóstico envolvendo aspectos como o processo de organização e de reconhecimento e apontaram os desafios e os avanços existentes. Essa é a consolidação de mais um passo para que seja possível implantar um observatório da economia solidária aqui em Pernambuco. É um grande projeto e a certeza de que mais uma vez, o Dieese, o Ministério do Trabalho e Emprego e a UFRPE, estão juntos construindo alternativas e contribuindo para que políticas públicas reconheçam essa economia como uma aliada no desenvolvimento e na reconstrução do país”, comentou a servidora federal e assessora do Sindsep-PE, Elna Melo.

A ideia central da Oficina foi a de promover o diálogo com os atores da economia popular solidária e construir um plano de trabalho para a estruturação do Observatório, sua implantação e funcionamento. O Observatório Estadual de Economia Popular e Solidária de Pernambuco deverá identificar as demandas do setor; criar espaços de articulação; criar espaços técnicos para a produção de conhecimento e formulação de projetos; e estimular a elaboração de políticas públicas que visem à transformação das realidades diagnosticadas.

“Estamos fazendo essa construção junto com o movimento pernambucano de economia solidária, com o Fórum Estadual de Economia Solidária, com as cooperativas, com as associações, com as entidades de apoio e fomento. Então é esse conjunto de atores sociais que estruturam a possibilidade de um diálogo e direcionam para onde o plano de um observatório deve caminhar. A partir de um plano de trabalho construído, iremos implantar o Observatório”, destacou a técnica do Dieese, Milena Prado.

O Observatório pernambucano e o que também está sendo implantado no Rio Grande do Norte são projetos pilotos. Os dois estados já possuem milhares de iniciativas econômicas, no campo e na cidade, em que os trabalhadores estão organizados coletivamente: associações e grupos de produtores; cooperativas de agricultura familiar; cooperativas de coleta e reciclagem; empresas recuperadas assumidas pelos trabalhadores; redes de produção, comercialização e consumo; entre outras.

“Do ponto de vista da vivência da economia solidária, a gente tem uma fortaleza e um potencial imenso no Brasil. São várias iniciativas formais e informais em todos os territórios. Temos trabalhadoras e trabalhadores com muita capacidade de organização. Mas a gente tem uma fragilidade muito grande porque a economia solidária precisa de políticas públicas e recursos públicos para se desenvolver, crescer, ampliar e se fortalecer”, sublinhou a representante da Rede Autogestionária de Educadores Populares em Economia Solidária, Alzira Medeiros.   

Alzira, que também é do Fórum Estadual, do Fórum Nacional e do Conselho Nacional de Economia Solidária acredita que o Observatório será uma ferramenta importante de informação e de sistematização de dados. “A partir dele iremos conhecer as necessidades do setor e usar essas informações como subsídio para melhorar tanto as condições de produção e comercialização, como poder chegar mais próximo de uma incidência política mais organizada e qualificada”, concluiu.



« Voltar


Receba Nosso Informativo

X