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SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO
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Publicado: 13/11/2018
Da Ascom Sindsep-PE
Economistas ligados a Jair Bolsonaro (PSL), que se auto intitulam como “Economistas do Brasil”, estão propondo ao presidente eleito o fim da estabilidade no serviço público e a criação de mecanismos de exoneração dos trabalhadores para ajudar a reequilibrar as contas públicas.
A proposta foi feita em um documento com quase 100 páginas onde os economistas também propõem o modelo de capitalização previdenciário, o mesmo defendido pelo economista de Bolsonaro, Paulo Guedes. Integra o time de mais de 200 economistas, Paulo Coutinho que é do grupo de trabalho do presidente eleito, o que deixa claro o quanto esse documento pode ser levado a sério por Bolsonaro.
“Os servidores públicos precisam se unir e ir às ruas. Precisamos fazer mobilizações em nossos locais de trabalho e atender aos chamados das entidades sindicais. Se não fizermos nada, eles passarão como um trator em cima de todos”, destacou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.
O documento defende que todo e qualquer servidor público deverá ser exonerado do cargo se não cumprir padrões mínimos de responsabilidade e produtividade.
“Todos sabem que o desinvestimento que está havendo no setor público, vem prejudicando o trabalho de grande parte dos servidores. Muita gente está impossibilitada de exercer suas funções por causa de falta de material, equipamentos e infraestrutura. Então, caso isso seja aprovado, eles poderão demitir quem eles quiserem”, destacou o secretário geral do Sindsep, José Felipe Pereira.
Mobilização
As principais centrais sindicais do Brasil - CUT, Força Sindical, CTB, Intersindical, CSB, CSP-Conlutas, NCST e CGTB – irão realizar mobilizações contra o fim da aposentadoria, a possível extinção do Ministério do Trabalho (MTB) e o ataque aos direitos dos trabalhadores, nos dias 22 e 26 deste mês.
No próximo dia 22 de novembro, será realizado um dia Nacional de Mobilização, com panfletagens, assembleias nos locais de trabalho e diálogo com a população para esclarecer os riscos de uma nova proposta de reforma da Previdência nos moldes exigidos pelo mercado, como propõe o presidente de extrema direita, que pretende adotar o modelo de capitalização. Com o novo modelo, implantado no Chile durante a ditadura de Pinochet, os servidores terão que aumentar a sua contribuição com a previdência de 11% para 22%.
No dia 26 de novembro, os trabalhadores e trabalhadoras farão atos em frente ao Ministério do Trabalho e em todas as Superintendências Regionais do Trabalho espalhadas pelo Brasil. O objetivo é protestar contra a proposta do fim do Ministério e denunciar a proposta de reforma da Previdência.
A previsão é a de que o governo Bolsonaro invista pesado contra o funcionalismo público assim que assumir o poder. “Por isso, a importância de estarmos juntos em torno das entidades sindicais”, conclui José Carlos.